Quando se trata de educação no RN o que temos para comemorar?...; Dra e ex-secretária de educação fala em “ Miséria educacional”

 


O 1º Relatório de Resultados do Indicador Criança Alfabetizada, publicado em maio de 2024 pelo Ministério da Educação (MEC), apontou números alarmantes para o ambiente educacional do Rio Grande do Norte. De acordo com os dados, em 2023, apenas 37% das crianças potiguares e 34% das natalenses foram alfabetizadas no segundo ano do ensino fundamental. No estado, a avaliação contou com a participação de 79% dos alunos das redes públicas potiguares.


De acordo com a matéria do Agora RN, o número chamou a atenção da doutora e ex-secretária de Educação do RN, Cláudia Santa Rosa. A profissional de educação afirmou, ao observar as estatísticas, que os números são nada menos do que o reflexo da “miséria educacional” presente no Estado, disse:


“São números que dão conta da nossa miséria educacional e explicam as estatísticas que avaliam a baixa qualidade dos ensinos potiguar e natalense nas etapas posteriores. Ora, como esperarmos índices satisfatórios com uma base tão frágil?”.

 

O detalhe

 

Ainda de acordo com os números divulgados pelo MEC, dos 167 municípios potiguares, apenas sete alcançaram percentual superior a 60% de alunos alfabetizados. Desses, o município de Severiano Melo, no Alto Oeste potiguar, registrou percentual acima de 70% de alfabetização.

 

Por fim

 

Sobre os fatores responsáveis pelos baixos índices de alfabetização no RN e na Capital, Cláudia apontou o não cumprimento de propostas feitas em campanhas eleitorais e a dificuldade na realização de projetos para alunos da base educacional. Para ela, “não há investimentos num combo que considero essencial: formação e valorização dos professores, material estruturado, avaliação da aprendizagem em larga escala e premiações motivacionais”.


“Os acordos e ‘combinados’ políticos partidários quase sempre vencem as escolhas por capacidades gerenciais de fazer entregas à população tendo por foco central a aprendizagem. São muitos interesses que transversalizam. Depois enxergo dificuldades das gestões de conceber projetos para as crianças que, por exemplo, em 2025 estão na pré-escola, aos 4 anos, e em 2035 precisam concluir o ensino fundamental, aos 14 anos”, ressaltou.

 


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