Pesquisa diz que 86% dos brasileiros apoiam algum tipo de restrição no uso do celular em sala de aula
A restrição, de algum modo, do uso de
celular em sala de aula é apoiada por 86% da população brasileira, segundo estudo da Nexus – Pesquisa e Inteligência de Dados,
uma empresa da FSB Holding. Para compor o percentual, a pesquisa soma os
54% dos respondentes favoráveis à proibição total aos 32% que defendem a
liberação do celular apenas para atividades pedagógicas em sala de aula.
O CEO da Nexus, Marcelo Tokarski,
destaca o expressivo número de pessoas favoráveis a algum tipo de restrição e
destaca que a expressividade surpreende, já que o debate é recente no
país.
“A gente está falando aí de uma ampla
maioria, 86%, que são favoráveis a restringir, esse dado de alguma maneira
surpreende. Porque esse debate começou com mais intensidade no Brasil há poucos
meses. Há vários países na Europa que já proíbem e restringem o uso de celular
nas escolas e o Brasil ainda não. Algumas escolas têm iniciativas pontuais, mas
não há uma legislação sobre isso”, afirma Tokarski.
A pesquisa mostra, ainda, que apenas
14% dos brasileiros são contrários às medidas que, atualmente, estão em debate
no Congresso Nacional. No final de outubro, a Comissão de Educação da Câmara
aprovou um projeto que proíbe uso de celular em escolas (públicas e privadas)
.O texto será analisado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Pesquisa
Segundo o estudo, os brasileiros entre
16 e 24 anos são os que mais apoiam, em algum nível, a proibição. Porém, a
restrição total tem menor aderência a para essa parcela da população em relação
ao total. Confira:
46% dos entrevistados entre 16 e 24
anos concordam com a proibição total do uso dos aparelhos;
43% defendem a utilização parcial dos
celulares.
“Mesmo os jovens de 16 a 24 anos, que
em tese, você poderia imaginar que seriam menos favoráveis, eles também são
favoráveis a algum tipo de restrição”, frisa Tokarski.
O detalhe
De acordo com o levantamento da Nexus,
quanto mais alta a renda mais as pessoas são a favor da proibição. Confira os
dados: apenas 5% com renda superior a cinco salários mínimos disse ser
contrária à proposta que impede o uso de celulares nas escolas, contra 17%
da população que ganha até um salário mínimo.
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