Crise no Walfredo Gurgel: superlotação expõe colapso da saúde pública no RN

 


A crise no Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, em Natal, atinge proporções dramáticas, com a superlotação persistindo pela terceira semana consecutiva. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Rio Grande do Norte (Sindsaúde), a crise nos hospitais públicos do Estado reflete a ausência de planejamento e investimento por parte da Secretaria de Estado da Saúde Pública (SESAP) e do Governo do RN. A escassez de insumos básicos e a superlotação constante evidenciam uma gestão deficitária que coloca em risco a vida de pacientes e profissionais de saúde.


Na manhã desta segunda-feira (18), 132 pacientes estavam internados no pronto-socorro, quase o dobro da capacidade projetada. Imagens captadas hoje revelam 22 pacientes aglomerados em uma sala de atendimento clínico destinada exclusivamente a exames e observação. A superlotação também afeta o setor de politrauma, descrito como “intransitável”.


Segundo Rosália Fernandes, coordenadora do Sindsaúde/RN e servidora da unidade, a situação é de completo colapso. “Pensei que já tinha visto o pior nesse hospital. Simplesmente tem setores que não dá para se locomover”, declarou.


De acordo com o sindicato, a crise não é recente: já se passaram 23 dias desde a primeira denúncia da categoria sobre o “cenário de guerra” no Walfredo Gurgel. Apesar disso, nenhuma medida efetiva foi adotada, e a situação se agrava diariamente.


Além disso, o Hospital Estadual Telecila Freitas Fontes, em Caicó, também enfrenta uma grave crise de superlotação. Na última sexta-feira (15), todas as alas estavam lotadas, incluindo a UTI. Além disso, a unidade sofre com a falta de medicamentos e insumos básicos, comprometendo ainda mais o atendimento aos pacientes.

 



Tribuna do Norte


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