Comissão de Finanças e Fiscalização vai apreciar elevação de ICMS de 18% para 20%
A Comissão de Finanças e Fiscalização
(CFF) da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte deve iniciar, na reunião
na manhã desta quarta-feira (27), o debate sobre o projeto de lei do governo
Fátima Bezerra (PT), propondo a elevação de 18% para 20% da alíquota modal do
ICMS, que responde, segundo a própria mensagem do Executivo, por 32,35% das
receitas do Estado.
Relator da Lei Orçamentária Anual
(LOA) e membro da CFF, onde a maioria dos sete deputados integra a bancada de
oposição ao governo, o deputado estadual Luiz Eduardo (Solidariedade) já
antecipa que “vota contra o aumento de qualquer imposto que vá diminuir o poder
de compra do cidadão norte-riograndense e brasileiro”.
“Quem mais sofre com o aumento de
imposto é a população. Eu voto contra seja qual for o governo em qualquer
circunstância eu voto contra”, reforça Luiz Eduardo, informando que haverá
reunião conjunta da CFF com a Comissão de Administração no dia 4 de dezembro, a
fim de deliberar sobre o aumento do imposto e outros projetos do governo.
Votos
Outros parlamentares confirmam que em
plenário votarão contra o aumento de ICMS, como o deputado estadual Gustavo
Carvalho (PSDB): “Voto contra aumento de imposto. Voto a favor do governo tomar
juízo e diminuir o tamanho do Rio Grande do Norte”, disse Carvalho.
Também já se posicionam contra o
aumento da alíquota de ICMS os deputados Cristiane Dantas (Solidariedade),
Coronel Azevedo (PL), Doutor Kerginaldo, Nelter Queiroz, José Dias, Tomba
Farias (PSDB), Isaac da Casca (MDB) e Taveira Júnior (União).
Favoravelmente ao projeto do ICMS
estão os deputados Doutor Bernardo (PSDB), Divaneide Basílio, Isolda Dantas
(PT), Francisco do PT, Eudiane Macedo, Vivaldo Costa (PV), Ivanilson Oliveira
(União) e Neilton Diógenes (PP).
Nos bastidores da política, comenta-se
que o presidente da Casa, deputado estadual Ezequiel Ferreira (PSDB), só tomará
uma posição em caso de empate, o deputado estadual Ubaldo Fernandes (PSDB),
disse que está “analisando”. Estariam indecisos os deputados Terezinha Maia
(PL), Hermano Morais (PV), Galeno Torquato e Kleber Rodrigues (PSDB).
A matéria já passou no dia 12 na
Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), onde a maioria é do governo e a
relatora, deputada estadual Isolda Dantas, disse que apesar da proposta já ter
tido “um debate significativo” em dezembro do ano passado e, embora o governo a
tenha reapresentado “trata-se da saúde fiscal do Estado”.
Entre os tributos que compõem a
receita do Estado, o governo destaca o Imposto sobre Circulação de Mercadorias
e Serviços (ICMS), como o mais relevante no âmbito estadual, pois responde em
termo de arrecadação principal por R$ 7.465.084.602,00 da arrecadação própria
do Estado, sendo um fator importante para manter o equilíbrio
econômico-financeiro do Estado, cuja receita estimada para 2025 é de R$
23.076.759.000,00.
“Vale ressaltar que 25% da arrecadação
com ICMS é repassada para os municípios, dessa forma, 2.488.361.534,00 serão
arrecadados e repassados para o Tesouro Municipal”, defende o governo.
Fonte TN*
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