Simples Nacional: setor de serviços deve ser o mais impactado com a reforma tributária; veja como MEIs e Pequenas Empresas podem evitar exclusão
Da
perda de competitividade ao retorno à informalidade. No cenário mais drástico
previsto por especialistas que analisam os textos que regulamentam a reforma
tributária — em discussão hoje na Comissão de Constituição e Justiça do Senado
— estas duas estão entre as maiores preocupações para os empresários que optam
pelo Simples Nacional, principalmente os do setor de serviços.
O
segmento pode ser um dos mais prejudicados se o texto não sofrer alterações,
acredita o advogado tributarista e mestre em Direito pela PUC-SP, Thulio
Carvalho. Isso porque, no projeto que tramita hoje no Congresso, não há
garantias de que o Simples não será impactado.
Além
dessa não garantia de manutenção do Simples, também pode haver um aumento de
complexidade, de dificuldade para cumprir, acredita o especialista. Thulio
explica que no texto da EC 132/23 há previsão de que o pequeno empresário, que
recolhe impostos hoje pelo Simples, possa passar a recolher IBS e CBS “por
fora”, de modo que ele possa aproveitar créditos no regime não cumulativo.
Questão
pontual
Os
microempreendedores individuais (MEIs) e as pequenas empresas que não
regularizarem pendências financeiras até o prazo estipulado pela Receita
Federal correm o risco de exclusão do Simples Nacional a partir de janeiro de
2025. Nesse contexto, o Sebrae-RN fornece apoio para MEIs e pequenos
empreendedores para a regularização de dívidas a fim de evitar exclusão. Em
entrevista ao Tribuna Livre, na Jovem Pan News Natal (93,5 FM), o gerente da
Agência Sebrae Grande Natal, Thalles Medeiros, explicou que é crucial que os
empreendedores busquem orientação para quitar débitos.
No
Rio Grande do Norte, cerca de 46 mil dos 187 mil MEIs registrados estão
atualmente inaptos, representando aproximadamente 25% do total. No Brasil, o
número de inadimplentes é superior a 1,8 milhão, somando MEIs, microempresas
(ME) e empresas de pequeno porte (EPP). Nesse sentido, Medeiros destacou que o
Sebrae fornece suporte gratuito para ajudar na formalização e regularização,
enfatizando a necessidade de agir rapidamente para evitar a exclusão.
O
prazo vai até dia 31 de outubro, para regularizar eventuais débitos e evitar a
exclusão do regime a partir de janeiro de 2025.
Para
os MEIs com dúvidas sobre regularização, o Sebrae Rio Grande do Norte oferece
suporte, tanto presencial quanto virtual, ajudando na quitação de débitos junto
à Receita Federal e à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN). Para
microempresas e empresas de pequeno porte, no entanto, é recomendada a
assistência de um contador.
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