Mutirão de cirurgias de catarata deixa 15 com infecção no RN

 


Uma investigação sobre a infecção que atingiu 15 pacientes de um mutirão de cirurgias de catarata, e causou a remoção de globos oculares de pelo menos oito deles, deverá analisar a água utilizada no hospital, o centro cirúrgico, o processo de esterilização dos equipamentos e outros possíveis fatores de contaminação.


De acordo com a Prefeitura de Parelhas, na região Seridó potiguar, onde as cirurgias aconteceram, as análises na área de saúde foram solicitadas pela Subcoordenadoria de Vigilância Sanitária (Suvisa), que comanda uma apuração sobre o caso. Elas serão realizadas pelo Laboratório Central do Rio Grande do Norte, ligado à Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap).


Ainda de acordo com o município, a Suvisa já realizou vistoria técnica e está sendo atualizada com novas informações necessárias. O órgão estadual informou nesta terça-feira (15) que a apuração segue em curso e os resultados serão comunicados no fim do procedimento.


O mutirão aconteceu nos dias 27 e 28 de setembro na Maternidade Dr. Graciliano Lordão e atendeu, ao todo, 48 pacientes de Parelhas. No entanto, das 20 pessoas operadas no primeiro dia, 15 apresentaram endoftalmite, uma infecção ocular causada pela bactéria Enterobacter cloacae.


O município também instaurou um inquérito para investigar as circunstâncias e responsabilidades no caso. As audiências com técnicos, médicos e a empresa responsável pelos procedimentos foram iniciadas nesta terça-feira (15).


A Prefeitura de Parelhas informou que encaminhou uma notificação formal à empresa Oculare Oftalmologia Avançada, responsável pelas cirurgias oftalmológicas no município, "exigindo esclarecimentos imediatos".


Ao G' a prefeitura deixa claro que "...as cirurgias foram realizadas dentro da legalidade, e o Município está arcando com todos os atendimentos e procedimentos médicos necessários aos pacientes, inclusive pagando por consultas particulares em alguns casos, para que todos possam ter o melhor acompanhamento possível". Além da assistência médica, o município disse que tem mantido suporte psicológico, monitoramento contínuo e cobertura de tratamento e consultas.


Já a empresa Oculare Oftalmologia Avançada afirmou que o mutirão foi conduzido por "oftalmologista experiente, tendo seguido os protocolos médicos e de segurança exigidos".

 

 

 


Fonte G1RN


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