Ministro Toffoli manda prender condenados pelo incêndio na Boate Kiss
O
ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta
segunda-feira (2) a prisão de quatro condenados pelo incêndio na Boate
Kiss, ocorrido em 2013, em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, e
que deixou 242 mortos e mais de 600 feridos.
Com
a decisão, voltam a valer as condenações dos ex-sócios da boate Elissandro
Callegaro Spohr (22 anos e seis meses de prisão) e Mauro Londero Hoffmann (19
anos e seis meses), além do vocalista da banda Gurizada Fandangueira, Marcelo
de Jesus dos Santos, e o produtor musical Luciano Bonilha. Ambos foram
condenados a 18 anos de prisão.
A
decisão do ministro foi tomada após apresentação de recurso pelo Ministério Público para anular decisões da Justiça do
Rio Grande do Sul e do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que suspenderam as
condenações.
Nas
instâncias inferiores, as defesas dos acusados conseguiram anular as sentenças
ao alegarem que as condenações pelo Tribunal do Júri foram repletas de
nulidades.
Entre
as ilegalidades apontadas pelos advogados, estão a realização de uma reunião
reservada entre o juiz e o conselho de sentença, sem a presença do Ministério Público
e das defesas, e o sorteio de jurados fora do prazo legal.
Ao
analisar a questão, Toffoli disse que as ilegalidades deveriam ser contestadas
durante o julgamento.
"Estando
também preclusa tal questão, o seu reconhecimento pelo STJ e pelo TJRS, a implicar
a anulação da sessão do júri, viola diretamente a soberania do júri",
afirmou o ministro.
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