MPRN recomenda que governo potiguar não aumente salários nem faça concursos até reduzir despesa com pessoal
O
Ministério Público do Rio Grande do Norte recomendou ao governo do estado uma
série de medidas administrativas para adequação das despesas estaduais à Lei de
Responsabilidade Fiscal (LRF). Entre elas, determina que o governo não aumente
salários, suspenda a criação de cargos e não realize concursos públicos.
A
recomendação, publicada na edição desta terça-feira (4) do Diário Oficial do
Estado, dá prazo de 90 dias para o cumprimento das medidas.
Veja
bem
O
documento assinado pela procuradora-geral de Justiça, Elaine Cardoso recomenda
que o governo elimine o excedente de gastos com pessoal em pelo menos 10% por
ano.
O
objetivo é alcançar o percentual de 53,45% da receita corrente líquida ao final
do exercício financeiro de 2024. O Poder Executivo ainda deve adotar redução
gradativa dos gastos com pessoal, nos próximos anos, para alcançar o patamar de
52,89% em 2025 e 52,34% em 2026, até até retornar ao limite, de 49%, em 2032.
Entre
as medidas, o MP recomenda que o governo:
se
abstenha de conceder vantagem, aumento, reajuste ou adequação de remuneração a
qualquer título, salvo os derivados de sentença judicial ou de determinação
legal ou contratual, ressalvada a revisão prevista no inciso X do artigo 37 da
Constituição (revisão anual);
- não
crie cargos, empregos ou funções públicas, nem altere estruturas de carreira
que impliquem em aumento de despesa;
- se
abstenha de contratar hora extra ou realizar novos concursos públicos, a não
ser para reposição de vagas em casos de morte ou aposentadoria, nas áreas de saúde,
educação e segurança.
Gastos
acima do limite
Ainda
de acordo com o MP, no 1º quadrimestre de 2024, o Rio Grande do Norte
comprometeu 56,86% da receita corrente do Estado com gastos com pessoal. Em
2022, o índice do 1º quadrimestre era de 52,14%.
O órgão
ministerial ressaltou que o gasto está acima do limite previsto pela Lei de
Responsabilidade Fiscal, que define que o limite de gasto com pessoal em 49% da
receita corrente líquida, para o Poder Executivo estadual.
Segundo
o Relatório de Gestão Fiscal, publicado pelo Tesouro Nacional, o Rio Grande do
Norte tem o maior percentual de gastos com pessoal entre todos os estados
brasileiros.
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