Operação Grammer: MPRN oferece denúncia e investigados viram réus em ação penal
O
Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) ofereceu, e a Justiça recebeu,
denúncia contra sete pessoas suspeitas de participarem de um esquema de lavagem
de dinheiro envolvendo a abertura de esmalterias no Estado. A denúncia é fruto
da operação Grammer, deflagrada em abril deste ano. Agora considerados réus, os
denunciados responderão a uma ação penal.
De
acordo com as investigações do MPRN, entre os anos de 2017 e 2020, foram
movimentados mais de R$ 7 milhões nas contas bancárias dos empreendimentos de
beleza, cujos valores decorreram, em parte, de atividades criminosas
relacionadas a tráfico de drogas, furto qualificado e sonegação fiscal.
As
investigações revelaram que o financiamento para a abertura de, pelo menos,
quatro esmalterias nas cidades de Natal e Parnamirim tem origens ilícitas,
vinculadas a explosões de caixas eletrônicos, tráfico de drogas e sonegação
fiscal. Ao receber a denúncia, a Justiça registrou que a peça acusatória veio
acompanhada de provas sobre a materialidade e autoria dos fatos, o que
demonstra a justa causa para o início da ação penal.
OPERAÇÃO
A operação Grammer foi deflagrada no dia 25 de abril de 2024 e o nome faz
referência a influenciadores digitais que utilizam das mídias sociais para
angariar seguidores e divulgar seus produtos e serviços. Na época da operação,
já haviam sido aplicadas medidas restritivas aos denunciados, incluindo o uso
obrigatório de tornozeleiras eletrônicas para a empresária e a mãe dela,
retenção de passaportes e a proibição de deixar Natal.
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