Mais de 2 mil podem estar soterrados em deslizamento na Papua-Nova Guiné
Cerca de 2.000 pessoas foram
soterradas pelo enorme
deslizamento de terra da semana passada na Papua-Nova Guiné, de acordo com
o Centro Nacional de Desastres do país. As equipes de resgate lutam para
encontrar sobreviventes na região.
O deslizamento de terra ocorreu na província montanhosa de Enga, no norte de Papua-Nova Guiné, na sexta-feira (24) e o número mais recente de possíveis vítimas representa um aumento acentuado em relação às estimativas anteriores.
Logo após a ocorrência do
desastre, as
Nações Unidas disseram que cerca de 100 pessoas podiam ter morrido.
Posteriormente, esse número foi revisado para 670, segundo estimativas do chefe
da Missão da Organização Internacional para as Migrações da ONU no país.
A estimativa, entretanto, estava
subestimada, de acordo com a última projeção da agência de catástrofes da
Papua-Nova Guiné.
“O deslizamento de terra soterrou mais
de 2.000 pessoas e causou grande destruição em edifícios, hortas e teve grande
impacto na sobrevivência econômica do país”, disse Lusete Laso Mana, Diretora
Interina do Centro Nacional de Desastres, numa carta à ONU.
“A situação permanece instável à
medida que o deslizamento continua, lentamente, representando um perigo
constante tanto para as equipes de resgate como para os sobreviventes”,
acrescentou, dizendo que a principal estrada para a área foi completamente
bloqueada pelo deslizamento.
“Após a fiscalização realizada pela
equipe, foi constatado que os danos são extensos e exigem ações imediatas e
colaborativas de todos os envolvidos”.
O deslizamento de terra atingiu a
remota aldeia de Kaokalam, a cerca de 600 quilômetros da capital Port Moresby,
aproximadamente às 3 da manhã, horário local, na sexta-feira, atingindo uma
área que, segundo os trabalhadores humanitários, era do tamanho de quatro
campos de futebol.
Mais de 150 casas na aldeia de Yambali
foram soterradas pelos escombros, disseram autoridades no domingo (26). A área
continua a representar um “risco extremo”, disseram as autoridades, à medida
que as rochas continuam a cair e o solo fica exposto a um aumento constante de
pressão.
Cerca de 10 milhões de habitantes
moram em Papua-Nova Guiné. O seu vasto terreno montanhoso e a falta de estradas
dificultaram o acesso à área afetada.
CNN Brasil*
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