Professores da UFRN vão fazer greve por tempo indeterminado, fato que nao ocorre a 21 anos
O
início da paralisação nacional dos professores, nesta segunda-feira (15),
contou com a participação de pelo menos 21 instituições federais de ensino, de
acordo com dados do Andes-SN (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições
de Ensino Superior) que foram publicados pelo jornal Folha de São Paulo. Os
professores e outros servidores em greve estão planejando uma marcha em
Brasília para quarta-feira (17).
Universidades, centros de educação tecnológica e institutos federais de todas
as regiões do Brasil já haviam anunciado a adesão à greve.
O
Andes-SN destacou que, além da recomposição salarial, é imprescindível investir
recursos públicos nas instituições federais de educação. O MEC (Ministério da
Educação) da gestão Lula (PT) informou que está buscando alternativas para
valorizar os servidores da educação. No ano passado, o governo federal concedeu
um reajuste de 9% para todos os servidores, conforme alegou o Ministério. Em
visita a Natal, o ministro Camilo Santana declarou que não vê motivos para as greves
dos professores.
Conforme
comunicado, equipes do MEC têm participado das negociações na mesa nacional e
em mesas específicas para técnicos e docentes, organizadas pelo MGI (Ministério
da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos), além da mesa setorial que
discute condições de trabalho.
Na
última quinta-feira (11), o MEC realizou a primeira reunião da Mesa Setorial de
Negociação Permanente. “A carreira dos técnicos-administrativos será
reestruturada neste governo, mas isso depende do espaço fiscal que será
determinado pela junta orçamentária e pelo governo”, afirmou Gregório Grisa,
secretário executivo adjunto do MEC, na ocasião.
A
posição da UFRN
A UFRN, por meio da assessoria de imprensa da reitoria, informou que aguarda a
comunicação oficial por parte da representação da categoria, enquanto acompanha
as reivindicações dos servidores técnico-administrativos e docentes junto ao
Governo Federal, por meio da Associação Nacional dos Dirigentes das
Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes). A Universidade não indicou
se irá paralisar oficialmente o calendário acadêmico.
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