Mais de 60 mil alunos potiguares estão inscritos no programa Pé-de-Meia, destaca MInistro

 


Mais de 60.650 alunos do ensino médio no Rio Grande do Norte foram inscritos no Programa Pé-de-Meia - que paga um bolsa para permanência dos estudantes na escola - segundo afirmou o ministro da Educação, Camilo Santana.


O ministro está em Natal nesta segunda-feira (15) para formalizar a adesão do estado ao programa. A primeira parcela da bolsa, de R$ 200, já foi depositada na conta dos estudantes.


O ministério deve anunciar nesta semana o calendário do pagamento do mês de abril. Em três anos, o alunos de escolas públicas poderão receber até R$ 9,2 mil.


"No último Censo, quase 400 mil jovens, no Brasil, em um ano, no Ensino Médio, deixaram a escola. Nós temos algo em torno de 6,6 milhões na escola pública, no ensino médio, e perdemos quase meio milhão de alunos em um ano só. E o maior motivo dessa perda é a questão de renda, é financeira. Não é um opção que o aluno faz, é a necessidade. Muitas vezes o aluno abandona a escola para poder ajudar os pais, para trabalhar", afirmou em entrevista ao Bom Dia RN, da Inter TV Cabugi.


Segundo o ministro, o programa é operacionalizado pela Caixa Econômica. Cada estudante inscrito tem uma conta individual aberta, recebe um cartão, e pode, inclusive, usar o pix. O recurso pode ser acessado pelo aplicativo Caixa Tem.


Os menores de 18 anos precisam ter autorização dos pais para utilizar o dinheiro. Mesmo que não tenha, o aluno continua a receber o dinheiro na conta.


"O pé de meia surgiu com esse objetivo de manter o aluno na escola. É uma poupança. Já pagamos a primeira parcela agora de R$ 200, que será todo mês durante 10 meses, no total de R$ 2 mil por ano. A contrapartida do aluno é a frequência, precisa garantir pelo menos 80% de frequência em sala de aula, em média. E ao final do ano, passou de ano, tem R$ 1 mil depositado na conta dele, que só poderá ser sacado quando concluir o ensino médio", afirma o ministro.


A princípio, o programa atende estudantes registrados no CadÚnico e beneficiados pelo programa Bolsa Família. "Mas a ideia é que a gente possa estender para outros alunos", disse o ministro, sem apontar um prazo para a possível mudança.


O ministro também defendeu investimentos nos anos iniciais da educação básica, como outra alternativa para a redução da evasão escolar no Ensino Médio. Falou de investimentos para aumento das vagas nas creches, na rede pública de todo o país, além de programas como o de alfabetização.

 




G1RN*

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