Governo do RN reafirma que em 2024 não dará reajustes aos servidores
O Governo do Rio Grande do Norte não dará nenhum tipo de reajuste ou recomposição salarial para servidores em 2024, segundo previsão do secretário de Estado da Administração, Pedro Lopes. A informação foi confirmada em entrevista coletiva nesta terça-feira (23).
A informação coincide com o momento em que policiais
civis e servidores da saúde mobilizam paralisações e greves cobrando
atualizações salariais. Segundo Lopes, as recomposições salariais seguem sendo
negociadas com as categorias, mas com ajustes somente em 2025 e caso a
arrecadação de ICMS se comporte em patamares de quando a alíquota modal era de
20%. Aliado a isso, o Governo não descarta eventuais judicializações para as
greves em curso.
“Para iniciar os diálogos com as categorias em 2024 precisávamos manter a
alíquota modal em 20%. O Governo reativou essa discussão na ALRN e quando
começamos a perceber as dificuldades para se manter isso, chamamos o movimento
sindical em novembro e anunciamos que se eventualmente não aprovássemos a lei,
seria difícil iniciarmos políticas salariais em 2024. Começamos a perder
receita a partir de fevereiro. O ICMS de março é praticamente a mesmo de março
do ano passado. O Governo terá prejuízo de receitas e em face disso chamamos os
sindicatos e anunciamos que não teríamos como fazer recomposição esse ano”,
disse.
A proposta base do Governo para as categorias, segundo Lopes, é aplicar a
inflação de 2022 em 2025 e dividir a inflação de 2023 em abril de 2025 e abril
de 2026. Nesta semana, o Governo fechou acordo de recomposição salarial para a
policiais e bombeiros militares, com negociações em aberto ainda com a Polícia
Civil, Saúde e servidores da administração Direta e Indireta. Com os militares,
o acordo foi de 8%.
A avaliação do governo é que, fechadas as negociações, o aumento na folha de
servidores por mês chegue a R$ 76 milhões. A expectativa ainda é fechar acordo
com a Saúde nesta semana, enquanto que a Polícia Civil segue em aberto. A
categoria da educação já teve reajuste discutido e implantado neste ano.
“A Saúde apresentou uma contraproposta muito dentro das possibilidades do
Estado. Nós falamos que vamos acatar, o único ponto é o cronograma, a
implementação”, disse.
Acerca de judicializações, o secretário Pedro Lopes disse que o movimento
grevista é um “direito” do servidor, mas que o Estado não descarta ações na
justiça visando a garantia dos serviços para a população.
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