Prefeitura aciona Justiça para DNIT liberar ponte de Igapó
A Prefeitura
do Natal entrou com uma Ação Civil Pública na justiça para que o Departamento
Nacional de Estradas e Rodagens (DNIT) libere uma faixa da Ponte Costa e Silva,
conhecida como Ponte de Igapó, sobre o rio Potengi, na zona Norte de Natal. A
via está com duas faixas sentido Igapó/Centro interditadas, devido as obras que
acontecem há seis meses, mas o Município questiona a necessidade do bloqueio,
visto que o canteiro de obras poderia ter sido instalado em uma área próxima e
não em cima da ponte. Uma audiência na Justiça Federal neste mês poderá
resolver o impasse.
Na ação, o Município alega que a interdição está afetando diretamente a rotina
dos 350 mil habitantes da Zona Norte da capital, bem como o comércio
circunvizinho e de outras áreas, como a do Bairro do Alecrim, impactando
diariamente trabalhadores e consumidores que se deslocam de uma região a outra
da cidade.
A região já sofria meses antes com a interdição da Avenida Felizardo Moura, que
estava em obras de readequação. A ponte sofreu, ainda, uma explosão durante a
série de ataques criminosos em março de 2023. À época, o Conselho Regional de
Engenharia e Agronomia (CREA/RN) apresentou um laudo apontando o
comprometimento da estrutura da estrutura, mas o DNIT fez um estudo rebatendo.
Quando a população estava prestes a usufruir do resultado da nova Avenida
Felizardo Moura, a ponte teve um lado fechado pelo órgão federal.
“O DNIT começou a obra na ponte e optou por colocar o canteiro de obras e todo
o material de lixo de obra em cima, deixando apenas um lado liberado, o que
prejudicou, sobremaneira, a população da zona Norte. Isso provocou
engarrafamentos e restrições de fluxo de veículos”, explica o procurador-geral
do Município, Thiago Tavares.
A referida obstrução ocorreu a partir de uma Ordem de Início de Serviços do
Superintendente Regional do DNIT/RN, Getúlio Batista. Os serviços de
restauração na Ponte de Igapó devem durar 18 meses, segundo previsão do órgão.
Os bloqueios atuais, no sentido Igapó/Centro, devem se estender por 12 meses
com outros seis meses de interdição no sentido contrário.
Segundo o procurador, a prefeitura reuniu uma equipe técnica, incluindo
diferentes secretarias para fazer uma análise e constatou que não era
necessária a instalação do canteiro de obras em cima da ponte. “Poderia ser
feito numa área anexa que já foi utilizada em outras reformas. O local já é
totalmente antropizado e, inclusive, foi apontado em estudo interno do próprio
DNIT que poderia ser lá”, diz Thiago Tavares.
Como a interdição prejudicou a população e poderia ser amenizada, a Prefeitura
ingressou com a ação pedindo a desocupação de uma faixa. O DNIT contestou e no
próximo dia 20 de março uma audiência na Justiça Federal poderá trazer uma
definição para o impasse.
Fonte TN |
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