Desenrola Brasil: última fase do programa vai até 31 de dezembro de 2023
Os
brasileiros que estão com dívidas entre R$ 5 mil e R$ 20 mil já podem
participar da última fase do programa Desenrola Brasil. Ele se encerra no dia
31 de dezembro de 2023. Nesse momento, as pessoas que ganham até 2 salários
mínimos ou que estejam inscritas no CadÚnico terão a possibilidade de fazer uma
renegociação com juros de até 1,99% ao mês. Atualmente, o país tem cerca de 70
milhões de negativados, segundo o governo, que aproveitou para fazer o
lançamento da plataforma oficial na última segunda-feira (09).
Mas
é preciso ter cuidado. Na opinião do economista Aurélio Trancoso, antes de
fazer qualquer acordo com as instituições financeiras, é importante analisar
todas as condições ofertadas para aceitar a proposta que caiba no orçamento. O
especialista explica que o Desenrola Brasil pode até ajudar ao tentar tirar as
pessoas que estão inadimplentes junto aos bancos, às lojas e ao SPC e Serasa.
Mas ele entende que isso pode ser um problema para quem não puder quitar as
dívidas.
“A
ideia é que quem tem uma dívida bancária de até 100 reais, por exemplo,
automaticamente já tenha o nome retirado da negativação, só que a pessoa não
vai deixar de pagar aqueles 100 reais. Ele vai ser divido para pagar até o
final do ano e vai ter juros em cima de 2%, praticamente”, avalia.
A
primeira etapa do programa teve início em 17 de julho deste ano e
contemplou dois públicos de beneficiários: pessoas com dívidas até R$ 100 e
dívidas bancárias negativadas de clientes que têm renda mensal até R$ 20 mil. A
última etapa quer atingir o público que tem dívida entre R$ 5 mil e R$ 20 mil.
Brasileiros
endividados
Um
levantamento da Serasa mostra que os brasileiros somam um total de R$ 351,6
bilhões de dívidas. O Mapa da Inadimplência e Renegociação de dívidas referente
ao mês de julho revela que 71,41 milhões de pessoas possuem alguma pendência. O
segmento “Bancos/Cartão de crédito” responde por 29,54% das dívidas, seguido
por “contas básicas, como água, luz e gás” (23,94%) e “financeiras”
(15,20%).
Fonte: Brasil 61
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