Novo plano para pessoas com deficiência será lançado em outubro
O
novo Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, chamado de Viver
sem Limite 2, deverá ser lançado em outubro. O objetivo da segunda etapa do
plano é promover os direitos civis, políticos, econômicos, sociais e culturais
das pessoas com deficiência e de suas famílias por meio de políticas públicas
de enfrentamento às barreiras que as impedem o exercício da plena cidadania.
Nesta quinta-feira (21) é comemorado o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência. A data foi oficializada no país em 2005 por meio da Lei nº 11.133, mas já era celebrada desde 1982 no Brasil. Segundo a secretária nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, Anna Paula Feminella, o Viver sem Limite busca promover os direitos civis, sociais, políticos, culturais e ambientais das pessoas com deficiência, impactando na vida de suas famílias e da comunidade. “Quando a gente constrói esse contexto, a inclusão é capaz de promover o desenvolvimento local e prover um outro PIB para o país”, diz.
As
propostas do Plano foram construídas por meio de consulta pública e foram
baseadas em torno de quatro eixos: Gestão Inclusiva e Participativa,
Enfrentamento à violência e ao capacitismo, Acessibilidade e tecnologia
Assistiva e Acesso a Direitos.
Para
o professor do Departamento de Saúde Coletiva da Universidade de Brasília (UnB)
Everton Luis Pereira, a expectativa para quem atua no setor é “bastante
significativa” para o lançamento da nova etapa do programa. “Traz uma nova
perspectiva de retomar o debate público de qualidade sobre os direitos das
pessoas com deficiência”, diz o especialista, que também é coordenador do
Observatório de Deficiências da Universidade.
Segundo
ele, na primeira fase do Viver sem Limite, lançada em 2012, houve grandes
avanços. “Inegavelmente, a gente viu uma mudança radical principalmente da
perspectiva da ampliação do acesso. O plano teve bastante aporte de recursos do
governo federal e transformou as políticas públicas, trazendo para o debate
público de forma bem acentuada a questão da deficiência”, diz, lembrando a
importância de as políticas serem construídas ouvindo as demandas das pessoas
com deficiência.
“O
que a gente espera é que o governo escute as demandas apresentadas, que os
conselhos nacional, estaduais e municipais acompanhem o monitoramento das ações
e que a política se efetive”, diz o vice-presidente do Conselho Nacional dos
Direitos da Pessoa com Deficiência (Conade), Décio Gomes Santiago.
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