Secretários de Educação pedem aplicação do novo ensino médio em 2025
Os
secretários estaduais de Educação e os conselhos Nacional, estaduais e
Distrital de Educação pedem que as mudanças no ensino médio, que estão em fase
de elaboração pelo Ministério da Educação (MEC), ocorram apenas a partir de
2025. Em posicionamento conjunto, eles argumentam que o novo ensino médio já
foi implementado em todos os estados e que as mudanças exigirão um período de
transição factível.
“Qualquer
mudança a ser implementada exige um período de transição factível, motivo pelo
qual as decisões a serem encaminhadas a partir da consulta pública devem ser
implementadas apenas a partir do ano letivo de 2025”, defendem os secretários e
conselheiros. Eles dizem que eventuais mudanças implicariam em novos ajustes e
regulamentações, incluindo a reescrita do referencial curricular, o que seria
inviável de ser feito a tempo para o ano letivo de 2024.
O
posicionamento conjunto do Conselho Nacional de Secretários de Educação
(Consed), Conselho Nacional de Educação (CNE) e Fórum Nacional dos Conselhos
Estaduais e Distrital de Educação (Foncede) foi encaminhado nesta segunda-feira
(21) ao MEC.
Os
secretários e conselheiros destacam também no posicionamento quatro aspectos
que consideram essenciais na oferta do ensino médio. Além das regras de
transição em um período considerado factível, eles pedem a manutenção do ensino
a distância (EaD) tanto na formação geral básica, que é a parte do conteúdo
estipulado pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e que é comum a todas as
escolas do país, quanto nos itinerários formativos, que é a parte escolhida
pelos estudantes para aprofundamento mediante a disponibilidade de cada rede.
Segundo
eles, o ensino mediado por tecnologia “é pré-requisito para
viabilizar a implementação da reforma no turno noturno e necessário ao
equacionamento das especificidades territoriais de cada região (vazios
demográficos, educação indígena, educação do campo, educação quilombola, dentro
outros)”. O texto aponta ainda questões de infraestrutura, logística de
transporte escolar e falta de professores como argumentos para se manter a
oferta em EaD.
Além
disso, os secretários e conselheiros defendem que 2,1 mil horas das 3 mil horas
do ensino médio sejam dedicadas à formação geral básica e que os itinerários
formativos sejam reduzidos de dez para dois, sendo um composto por linguagens,
matemática e ciências humanas e sociais e outro por linguagens, matemática e
ciências da natureza. Os estudantes podem optar ainda pela trilha formativa em
educação profissional e técnica.
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