" Não vai ter aumento dos preços dos combustíveis agora", garante Jean Pau Prates
O presidente
da Petrobras, Jean Paul Prates, disse ao Broadcast que não procedem rumores de
que iria aumentar entre hoje e amanhã os preços dos combustíveis, e que teria
voltado atrás a pedido do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva,
com quem esteve reunido nesta manhã, ao lado de todos os diretores da empresa e
outras autoridades.
Segundo
Prates, a reunião, que durou 2 horas, teve por objetivo apresentar os
investimentos planejados pela estatal e o que já foi feito nos seis primeiros
meses de gestão. "A reunião foi para falar de investimentos, para
arrematar o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) com todos os nossos
diretores, o MME e a Casa Civil. Foi uma organização geral dos temas com os
ministros e o Presidente", informou Prates.
Ele
credita os boatos sobre a interferência do governo nos preços aos insatisfeitos
com a mudança de rumo da Petrobras, que abandonou a política de paridade de
importação (PPI) em meados de maio e adotou uma estratégia comercial mais
competitiva. Com a PPI, segundo Prates, os concorrentes podiam prever os
movimentos da empresa, o que reduzia a competição. "Em nenhum momento
falamos de preço, pode ser que lá na frente eu tenha que chegar e dizer que vou
aumentar, mas não vou aumentar agora, estamos confortáveis com essa
volatilidade", disse o ex-senador, ressaltando que o petróleo hoje está em
queda. "Se o preço se estabelecer em outro patamar, vamos ponderar e fazer
o reajuste necessário", garantiu.
Prates
afirmou que o trauma maior do aumento de preços foi registrado nas gestões
anteriores, lembrando que em 2017, por conta do PPI, uma greve de caminhoneiros
mostrou como a política da PPI estava errada. "Foram 118 reajustes em um
único ano (2017), isso desestabiliza o mercado", avaliou Prates.
De
acordo com o executivo, quem reclama da falta de reajustes são importadores
ineficientes, e que, para a Petrobras, não existe a diferença de 25% no preço
vendido na refinaria na comparação com o mercado internacional. Até nisso a
Petrobras é mais eficiente. Para nós não existe esse descolamento de preços de
25% como apontam", concluiu.
Fonte:
Tribuna do Norte / Conteúdo
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