Câmara aprova a MP que reajusta salário mínimo e amplia faixa de isenção para o IR
A Câmara dos
Deputados aprovou nesta quarta-feira (23) uma medida provisória que
reajusta o salário mínimo e amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda.
O placar foi de 439 votos favoráveis e 1 contrário, do deputado Luiz Lima (PL-RJ). Logo em seguida, ele disse que votou errado. O texto agora vai ao Senado. A proposta perde validade na próxima segunda-feira (28).
A
medida provisória tratava inicialmente apenas do aumento do salário mínimo.
Publicada em 1º de maio, o texto reajustou o valor de R$ 1.302 para R$ 1.320,
um ganho real (acima de inflação), conforme promessa de campanha do presidente
Lula.
O
relator, deputado Merlong Solano (PT-PI), incluiu na proposta a ampliação da
faixa de isenção do imposto de renda, que era discutida em outra matéria. A
proposta foi aprovada na comissão mista do Congresso.
Segundo o texto, quem ganha até R$ 2.640 por mês não pagará Imposto de Renda, valor equivalente a dois salários mínimos. Atualmente, esta isenção é de R$ 1.903. A perda de arrecadação com a ampliação da faixa de isenção será compensada com a taxação dos fundos dos super-ricos.
“As
medidas tratam de matérias da mesma natureza, aumento do poder aquisitivo de
brasileiros e brasileiras mais pobres. É disso que se trata”, afirmou Solano.
O
texto incluía também a taxação de fundos offshores, mas a medida encontrou
resistências na Câmara. Os deputados combinaram de retirar o trecho por meio de
um destaque. Esta votação está em andamento.
As
regras das medidas provisórias entram em vigor assim que publicadas no
"Diário Oficial da União", mas para virarem lei em definitivo
precisam ser aprovadas no Congresso.
Política
de valorização do mínimo
O
texto aprovado estabelece a política de valorização do salário mínimo, que
entrarão em vigor a partir de 1º de janeiro de 2024.
Conforme
a proposta, a valorização será correspondente à soma do índice de inflação do
ano anterior com o índice correspondente ao crescimento real do Produto Interno
Bruto (PIB) de dois anos anteriores.
Fonte G1RN |
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