Fazenda avalia ampliar desoneração da folha de pagamento para contratações de um até três ou cinco salários mínimos
O
Ministério da Fazenda pretende apresentar um projeto para ampliar a desoneração
da folha de pagamento, no segundo semestre. A ideia da pasta chefiada por
Fernando Haddad seria desonerar as contratações de um até três ou cinco
salários mínimos. A informação foi confirmada pelo deputado federal Luiz Gastão
(PSD-CE) em entrevista ao Brasil 61.
Na
reta final das negociações da reforma tributária com o governo, o deputado
tentou emplacar uma emenda ao texto do deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) para
permitir que o setor de comércio e serviços pudesse usar impostos ou
contribuições previdenciárias sobre a folha de pagamento para gerar crédito no
novo sistema tributário, ou seja, que os gastos com mão de obra – principal
insumo desses segmentos – diminuíssem o imposto a ser pago.
O
relator e o governo não acataram a emenda, mas Haddad se comprometeu a
apresentar uma proposta, no início de agosto, para desonerar a folha de
pagamento do setor produtivo, afirma Gastão.
"O
ministro Haddad nos informou que estava em concepção um estudo avançado no
Ministério da Fazenda. Ele reconhece [a necessidade de desonerar]
principalmente setores de serviços que empregam mão de obra de um até três ou
cinco salários mínimos, que são intensivos em mão de obra e [disse] que, em
agosto, no início do segundo semestre, já estaria buscando uma proposta para
minorar esse problema e tornar essas empresas mais competitivas".
A
advogada Karoline Lima, especialista em relações institucionais e
governamentais da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), diz que
estender a desoneração é positivo para o setor.
"O
ministro Haddad, em acordo com a gente, falou que vai propor no segundo
semestre uma possibilidade de uma desoneração da folha de pagamento pelo menos
para contratações de até três a cinco salários mínimos. Esse acordo foi feito
com o deputado Luiz Gastão e foi uma luz no fim do túnel", confirma
Karoline.
Hoje,
a desoneração da folha contempla empresas dos 17 setores que mais empregam no
país. O mecanismo permite que, em vez de pagar 20% sobre a folha de salários
para a Previdência Social, as empresas possam optar pelo pagamento de 1% até
4,5% sobre o seu faturamento. Em geral, isso costuma ser mais vantajoso para os
empregadores.
A
desoneração da folha para esses 17 setores está prevista para acabar este ano,
mas no fim de junho o Senado aprovou um projeto de lei para prorrogar o
mecanismo até o fim de 2027. Falta a Câmara dos Deputados confirmar a
extensão.
Fonte: Brasil 61
Nenhum comentário: