Governo Lula nada mudou em relaçao as emendas do relator, tudo continua como " Dantes no quartel de Abrantes"
O presidente
Lula (PT) começou a destravar a verba que herdou das extintas emendas
de relator, mas o governo não deu a transparência prometida sobre a liberação
desses recursos. A falta de transparência no pagamento desse tipo de emenda era
criticada pelo petista durante a gestão Jair Bolsonaro (PL).
As
emendas de relator eram o principal mecanismo de moeda de troca entre o governo
Bolsonaro e o Congresso, mas foram declaradas inconstitucionais pelo STF (Supremo Tribunal
Federal) em dezembro.
O
Executivo então incorporou o dinheiro ao orçamento dos ministérios, mas fez um
acordo político com o Congresso pelo qual R$ 9,9 bilhões seriam distribuídos
como se fossem emendas parlamentares.
A
Folha de S. Paulo mostrou na terça-feira (20) que o Palácio do Planalto começou
a distribuir essa verba, sendo que a primeira liberação privilegiou estados dos
ministros Carlos Fávaro (Agricultura) e Jader Filho (Cidades). O governo não
informou quais foram os autores das indicações dos recursos.
Os
dois ministros são considerados cotas de partidos de centro na negociação que
Lula conduziu no fim do ano passado para atrair partidos para a base -PSD, de
Fávaro, e MDB, de Jader Filho.
O
dinheiro está registrado como orçamento dos ministérios. No entanto, por não
ser considerado formalmente uma emenda (verba usada conforme orientação do
Congresso), não foram divulgados dados sobre qual parlamentar ou gestor público
solicitou o repasse.
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