VIOLÊNCIA NAS ESCOLAS: Pais devem buscar informações sobre estrutura de segurança do ambiente escolar; veja também as movimentações no cenario federal e estadual
A
escalada de casos de violência em escolas e creches acendeu um alerta aos
pais e responsáveis, que precisam lidar diariamente com a aflição dos
estudantes. Neste ano, foram dois ataques resultando em mortes, um em São
Paulo, que vitimou uma professora, e outro em Blumenau (SC), que tirou a vida
de quatro crianças.
Pelo
bem da saúde mental das crianças e dos jovens, é importante que os responsáveis
busquem estratégias para lidar com o momento. A psicóloga e doutora em saúde
Juliene Azevedo enumera algumas ações que podem ser tomadas pelos pais.
“Primeiro tentando se informar: como é a segurança dessa escola? Se reunir com
outros pais fazer uma lista de, entre aspas, reivindicações, saber o que a
escola tem, o que a escola não tem, está sendo passado muito pela Polícia
Civil, os telefones. Orientar essas crianças, se acontecer uma coisa ali
dentro, como você deve agir, onde ligar, o que pode ser feito”, explicou. Além
disso, prestar atenção aos sinais de crianças e jovens também é importante para
estabelecer diálogos significativos, que colaborem neste momento.
Responsabilidade
dos pais
A
especialista também falou da importância dos pais assumirem suas
responsabilidades no desenvolvimento de crianças e jovens: “A gente deixa muito
a cargo da escola toda a questão de educação e emocional dos nossos filhos.
E acho que agora é um grande momento de reflexão, porque isso está
acontecendo aqui. 'Até que ponto eu, como mãe, tenho que estar conhecendo
como meu filho se comporta na escola'”, pontuou.
Mensagens
de ameaças
Essas
mensagens ameaçando novos ataques - inclusive, tem circulado entre alunos de algumas
cidades da região salineira - podem ser
punidas pelo Art. 41 da Lei das Contravenções Penais (LCP), pois estão a
"provocar alarme, anunciando desastre ou perigo inexistente, ou praticar
qualquer ato capaz de produzir pânico ou tumulto”, conforme explica a
legislação. O ato pode resultar em prisão ou multa.
Movimentações
federais
O
Ministério da Educação instituiu um grupo de trabalho interministerial de
enfrentamento à violência nas escolas, que já se reuniu com técnicos de todas
as pastas envolvidas, na última segunda-feira (12). Foi o primeiro
encontro de alinhamento para desenvolver a política de segurança e prevenção de
combate à violência no ambiente escolar.
Na
quinta-feira (13), o ministro da Educação, Camilo Santana, se reuniu com o
Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) e com representantes
estaduais da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime). O
foco do encontro foi discutir políticas integradas de proteção no ambiente
escolar. Durante a reunião, os secretários tiveram a oportunidade de apresentar
as ações emergenciais implementadas e sugerir novas frentes para prevenir casos
de violência escolar.
Ainda neste contexto, o Ministério da Justiça anunciou o fortalecimento da ronda escolar no entorno de escolas públicas, tanto municipais quanto estaduais.
Ações
estaduais
Os
governos estaduais também se movimentaram na última semana. Em Blumenau (SC),
os vigilantes que atenderão as unidades escolares receberam treinamento
no sábado (15), e equipes técnicas visitaram todas as instituições de
ensino para verificar possíveis vulnerabilidades na estrutura física das
unidades.
Já o
governo do estado do Rio de Janeiro iniciou os trabalhos do Comitê de Segurança
Escolar para prevenir casos de violência nas escolas.
O
governo do Ceará lançou uma cartilha de orientações para prevenção e combate da
violência dentro do ambiente escolar.
No
Acre, o governo estadual e as Secretarias de Educação, Cultura e Esportes
(SEE), de Saúde (Sesacre) e de Segurança Pública (Sejusp) promoveram um
encontro para tratar sobre violência nas escolas.
Em
Brasília, diretores de escolas públicas terão, nesta segunda-feira (17),
formação com orientações sobre prevenção e enfrentamento da violência.no espaço
escolar.
Com apoio das informações do Brasil 61 |
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