Prejuízos de greve para estudantes seriam incalculáveis, aponta Cláudia Santa Rosa
Parece
figurinha repetida, mas não é. A rede estadual de ensino enfrenta, mais uma
vez, a tensão de uma possível greve no início do ano letivo no Rio Grande do
Norte. Assim como no ano passado, a principal reivindicação da categoria é a
atualização do piso salarial, desta vez no índice de 14,95%. O Governo do RN
apresentou duas propostas que foram recusadas pelo Sindicato dos Trabalhadores
em Educação Pública (Sinte).
Já
nesta terça-feira 28, o Governo do Estado apresentou nova proposta, que
consiste em implementar o reajuste de 14,95% no mês de março, mais retroativo
de janeiro e fevereiro para os professores que recebem abaixo do valor do piso;
e, para os demais (incluindo aposentados e pensionistas com paridade),
implementar 6,5% em maio e 7,93% em dezembro, com retroativo pago em 8
parcelas, entre maio e dezembro de 2024. A nova proposição será oficialmente
apresentada para a categoria em assembleia marcada para sexta-feira 3, dia em
que os professores terão que decidir se vão entrar em greve por tempo
indeterminado.
Para
a doutora em Educação, professora Cláudia Santa Rosa, o sindicato que
representa a categoria precisa estar aberto para negociação e o Governo do
Estado deve apresentar a melhor proposta, dentro das possibilidades
financeiras, para evitar a instalação da greve. “É preciso, dos dois lados,
condições de negociação. O Governo realmente deve esgotar todas as
possibilidades e apresentar a melhor proposta para não se instalar a greve”,
disse, em entrevista ao AGORA RN.
Cláudia
Santa Rosa, que foi secretária de Educação do Estado entre 2016 e 2018,
relembrou a greve instaurada na época. “Em 2018, tivemos uma greve. Ali, a
gente levou para a mesa até onde o Governo tinha condições de ir, todas as
propostas foram esgotadas antes da instalação da greve. Não houve consenso, a
greve foi judicializada e, por decisão da Justiça, foi definida uma proposta
pior do que aquela que o Governo havia apresentado”.
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