Sem propostas reais, debate de candidatos ao governo é marcado por críticas a Fátima Bezerra

 


Quatro candidatos ao governo do Estado se encontraram ontem (5) no debate promovido pelo Sistema Tribuna de Comunicação. Na ocasião, responderam questionamentos entre si, feitos por jornalistas e por entidades empresariais sobre temas variados, com destaque para o desenvolvimento econômico do Estado. A ausência da governadora Fátima Bezerra (PT), candidata à reeleição, fez os candidatos Clorisa Linhares (PM), Daniel Morais (PSOL), Fábio Dantas (SD) e Styvenson Valentim (Podemos), enfatizarem as críticas à sua gestão.


Com a ideia de fazer um debate  propositivo, com a apresentação de ideias e dos caminhos para levar o estado ao desenvolvimento, dentro dos planos de governo de cada um, os candidatos destacaram a necessidade de enxugar a máquina pública, reduzindo os custos com pessoal. “Quando você vai tratar de investimento, é preciso entender o que é que precisa ser feito. Primeiro diminuir custos e melhorar a parte de receitas”, disse a candidata Clorisa Linhares, prometendo uma auditoria nas contas e contratos do Governo, caso seja eleita.

 

Nessa linha, oferecer crédito, desburocratizar os processos de licenciamento e garantir segurança jurídica foram propostas defendidas pelos candidatos.

 

Os candidatos também defenderam concessões públicas e parcerias público-privadas (PPA), porém, na visão do candidato Daniel Morais é preciso garantir a contrapartida dessas concessões. “O governo do estado  abre as portas pra alguns e algumas que oferecem muito pouco em troca do que recebem. Então o que nós defendemos é que todas essas concessões, todas essas relações de parcerias públicos-privadas precisam ter regras muito claras”, disse ele.

 

“Concessões público-privada não é crime, pelo contrário, fomentar não só o turismo mas a construção civil, com tantos ativos ociosos que esse estado tem, valiosíssimos no mercado imobiliário. Não é apenas dar o patrimônio público pra essa concessão, é cobrar da iniciativa privada, é uma devolução pra que eles possam reinvestir”, sugeriu Styvenson Valentim.

 

O candidato Fábio Dantas voltou a propor uma lei pela liberdade econômica. “Um dos itens são as concessões de serviços públicos sejam elas na agricultura, para beneficiarmos e criarmos corredores para os perímetros irrigados, seja para concessões de todos os bens públicos que não devem ser constituídos da administração do poder público especialmente áreas como o centro de convenções, Forte do Reis Magos, o Cajueiro de de Pirangi”, disse.

 

Os participantes defenderam que a máquina pública deve ser mais enxuta para que sobre recursos para investimentos. Fábio sugeriu que se otimize o serviço público utilizando-se da tecnologia e melhor organização. Clorisa disse que faria uma gestão de resultados para que os serviços melhorem.

Em vários momentos os participantes fizeram referência à ausência da governadora criticando a sua gestão. “Hoje estamos com 1.343 dias de governo Fátima, faltam 117 dias para a gente se vê livre dessa cidadã como governadora do estado. Quem governa não pode dizer o que vai fazer, mas apresentar o que fez, mas nem isso a governadora faz”, disse Fábio Dantas, que mencionou, ao questionar Clorisa Linhares, o relatório da CPI da Covid, da Assembleia Legislativa do Estado, que pediu o indiciamento de Fátima Bezerra, secretários e auxiliares, por má gestão em contratos da pandemia da covid-19.

 

Clorisa Linhares aproveitou, sem citar diretamente o nome da governadora Fátima Bezerra, que o governo “não criou nenhuma política pública de amparo, nesse período em que ela falou, incansavelmente, que as pessoas deveriam ficar em casa”, criticando a forma da governadora de lidar com a crise sanitária.

 


Fonte Tribuna do Norte*

 


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