"Ministério Público fica ao lado da CAERN e contra os mais pobres", diz advogado Alexandre Teixeira
Segundo
o advogado autor do projeto Tarifa Justa, Alexandre Teixeira, o Ministério
Público do Rio Grande do Norte mostrou que está alheio à situação da população
mais pobre do estado. O MPRN deu um parecer contrário ao projeto que busca
ampliar o acesso à água potável para cerca de 1 milhão de pessoas no RN, por
meio da mudança dos critérios adotados pela CAERN para concessão da tarifa
social.
Por
meio do Tarifa Justa, Alexandre Teixeira briga na justiça para que a Companhia
use o cadastro em programas sociais do governo, como o Auxílio Brasil, como o
único critério para concessão da tarifa social de menos R$ 10 reais na conta de
água (semelhante a como já é feito, automaticamente, pela COSERN). A realidade
é que os critérios adotados pela CAERN inviabilizam que a população mais
necessitada tenha acesso à tarifa. "O resultado é que menos de 1% das
famílias que têm direito e precisam da tarifa social são realmente atendidas no
RN, deixando de lado cerca de 1 milhão de pessoas", disse Alexandre Teixeira.
No
parecer, a procuradoria entende que a CAERN já utiliza o CadÚnico como um dos
critérios, mas não leva em conta que os outros critérios tornam a tarifa social
inacessível na prática. "A COSERN é um exemplo de companhia no RN que
utiliza o CadÚnico e fornece a tarifa social automaticamente para os mais
pobres, mas o MPRN entendeu que a CAERN não pode fazer o mesmo, e isso é
inacreditável", ressaltou Alexandre Teixeira.
De
acordo com o advogado, enquanto o MPRN se omite, a Companhia de Águas segue
superavitária, lucrando em cima da população, os mais pobres seguem sem água
potável de qualidade nas torneiras e o RN segue perdendo com ligações
clandestinas e consequentes danos ao meio ambiente.
Nenhum comentário: