Possibilidade do Auxílio Brasil injetaria mais de R$ 10 bi na economia do Nordeste, região mais beneficiada pelo programa
O
governo estuda aumentar, ainda em 2022, de R$ 400 para R$ 600 o Auxílio Brasil.
A alteração no principal programa social da atual gestão deve injetar mais de
R$ 10 bilhões na economia brasileira nos próximos meses, segundo pesquisa
realizada pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), em parceria com a P3
Inteligência. O levantamento também avalia impacto fiscal de quase R$ 22
bilhões, caso a medida seja implementada. A região mais beneficiada é o
Nordeste, que recebe cerca de 47% dos recursos do programa.
Os
municípios impactados positivamente pelo programa estão quase todos no
Nordeste, sendo que Bahia (146), Piauí (124) e Maranhão (116) são os estados
com maior número de cidades beneficiadas pelos valores pagos pelo governo nos
primeiros cinco meses do ano. Já Maranhão, Piauí e Paraíba são os estados em
que os recursos do programa têm maior proporção em comparação à economia local.
Ainda segundo o levantamento, em 15 das 27 unidades da Federação, o Auxílio
Brasil representa, pelo menos, 1% do PIB local.
Considerando
os pagamentos efetuados entre o período de janeiro e maio de 2022, a previsão é
que a transferência de renda seja capaz de injetar até R$ 41,4 bilhões apenas
na região Nordeste até o fim do ano. Caso o valor seja reajustado para R$ 600,
o investimento ultrapassaria os R$ 51 bilhões.
Os
custos totais do Auxílio Brasil até dezembro devem perfazer aproximadamente R$
110 bilhões se o novo valor começar a ser pago em julho. Sem o reajuste, as
despesas do governo com o programa ficariam em torno de R$ 88 bilhões.
O
estudo foi realizado com base nos dados do Ministério da Cidadania, responsável
pela coordenação do programa assistencial, e do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE).
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