Arrecadação do RN pode perder até R$ 1,57 bilhão com mudanças no ICMS
A
arrecadação fiscal do Rio Grande do Norte pode perder até R$ 1,57 bilhão por
ano com as mudanças na legislação relativas ao Imposto sobre Operações
relativas à Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços de Transporte
Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS). A estimativa é do
Comitê Nacional de Secretários de Fazenda dos Estados e do Distrito Federal
(Comsefaz). O valor refere-se à soma das eventuais perdas com a aprovação do
Projeto de Lei 18/2022, em que o Estado perderia R$ 1.093 bilhão com o teto de
17%, e à decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), André Mendonça,
de estender a nova forma de cobrança do diesel do ICMS para todos os demais
combustíveis, que deve retirar do Estado até R$ 480,63 milhões. Para todos os Estados
o impacto com as duas medidas será negativo em R$ 123,32 bilhões.
Até
que uma nova norma seja editada pelo Confaz a respeito da forma de cálculo do
ICMS, conforme os termos da liminar do ministro André Mendonça, a base de
cálculo do imposto para os combustíveis passa ser fixada pela média de preços
praticados nos últimos 60 meses. A medida se baseia no artigo 7º da Lei
Complementar (LC) 192/2022, que trata da aplicação do ICMS do óleo diesel para
os demais combustíveis, com efeitos a partir do dia 1º de julho de 2022.
A
média de preços poderá ser corrigida com base no IPCA (Índice de Preços do
Consumidor) ou não, o que gera mudanças nos valores arrecadados nos estados. No
RN, a situação seria de perda de R$ 224,69 milhões com a correção por este índice,
podendo chegar a R$ 480,63 milhões sem a correção pelo IPCA. Essa questão ainda
não foi definida.
Fonte TN |
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