STF suspende ação penal contra Rogério Marinho por funcionários fantasmas
Agora RN
O
ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli suspendeu a ação penal
que tramita na 7ª Vara Criminal de Natal e que tinha como um dos réus o
pré-candidato ao Senado Federal pelo Estado Rogério Marinho (PL). O ex-ministro
do Desenvolvimento Regional havia protocolado habeas corpus no STF para tentar
derrubar decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que manteve o processo
que ele por crime de peculato, ou seja, apropriação de bem público. O fato é
relacionado à suposta nomeação de funcionários fantasmas na Câmara Municipal de
Natal entre 2005 e 2007.
Em
seu entendimento, Toffoli concedeu liminar por concordar com os argumentos
apresentados pela defesa de Rogério Marinho, de que o Ministério Público
Estadual não descreveu detalhadamente em sua denúncia como o pré-candidato ao
Senado teria cometido o suposto crime de peculato e não demonstrou que este
recebeu os valores percebidos pelos funcionários fantasmas da Câmara de Natal.
Para
Dias Toffoli, os fatos apresentados na denúncia não são suficientes para
caracterizar o crime e o fato de Rogério Marinho, enquanto presidente da Casa
Legislativa, ter nomeado servidores não significa que ele tenha sido
beneficiado de alguma forma, “devendo a denúncia indicar o necessário dolo
exigido para a tipificação da infração imputada ao paciente pelo Parquet”,
disse.
Com
isso, o ministro do STF foi contra a decisão unânime da Sexta Turma do Superior
Tribunal de Justiça (STJ), que manteve, no início de abril passado, o processo
contra Rogério Marinho no Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN). Na
ocasião, a relatora do processo, ministra Laurita Vaz, considerou os elementos
apresentados pelo MPRN como suficientes para que a acusação fosse analisada.
“Os fatos expostos demonstram que o denunciado causou prejuízo ao erário
mediante inserção e manutenção de servidores fantasmas na folha de pagamento”,
afirmou.
O
caso envolve a suposta contratação de funcionários fantasmas na Câmara
Municipal de Natal, entre 2005 e 2007 – período em que Rogério Marinho foi presidente
da Casa. A investigação começou a partir de uma lista apreendida durante uma
operação policial. O documento trazia cerca de 900 pessoas que teriam cargos na
Câmara. Cada nome tinha ao lado o nome do suposto padrinho.
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