Conta de luz não deve ter aumento até o fim do ano, destaca diretor da ONS
Cinco
dias após o presidente Jair Bolsonaro anunciar o fim de bandeira de escassez
hídrica na conta de luz e a entrada em vigor da bandeira verde a partir de 16
de abril, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) informou que ela deve
vir pra ficar. Novas mudanças não são esperadas até o fim de ano. Isso
significa que provavelmente as tarifas não voltarão a sofrer acréscimos em
2022.
“Essa
é a expectativa”, disse ontem (11) Luiz Carlos Ciocchi, diretor-geral do ONS. A
entidade é responsável por coordenar e controlar as operações de geração e
transmissão de energia elétrica do Sistema Interligado Nacional (SIN).
O
sistema de bandeiras tarifárias é o que define o real custo da energia. Quando
as condições de geração de energia não são favoráveis, é preciso acionar as
usinas termelétricas, elevando os custos. Assim, cobranças adicionais têm por
objetivo cobrir a diferença e também funcionam para frear o consumo.
Quando
vigora a bandeira verde, não há acréscimos na conta de luz. Já na bandeira
amarela, o consumidor paga um adicional de R$ 0,01874 para cada quilowatt-hora
(kWh). A bandeira vermelha é dividida: no patamar 1, o acréscimo é de R$
0,03971 e no patamar 2 é de R$ 0,09492.
No
ano passado, foi criada a bandeira de escassez hídrica, que fixa um acréscimo
de R$ 14,20 a cada 100 kWh consumidos. Ela estava vigente há sete meses, desde
setembro. Segundo o governo federal, a medida era necessária para compensar os
custos da geração de energia, que ficaram mais caros em consequência do período
seco em 2021, apontado como o pior em 91 anos.
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