Bolsonaro, Lira e Pacheco prometem melhorias a prefeitos na abertura da 23ª Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios

 


A cerimônia de abertura da 23ª edição da Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios foi marcada pelo reconhecimento à importância das cidades para o desenvolvimento do Brasil pelas principais autoridades políticas do país. O presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), fizeram discursos com promessas de ações que podem facilitar o trabalho dos prefeitos.


Arthur Lira disse que as principais decisões políticas saem de Brasília e, sabendo que as pessoas vivem nas cidades, toma o cuidado de entender como as escolhas dos deputados federais podem impactar nos municípios brasileiros antes de colocá-las em votação. 


Diante de mais de 3 mil prefeitos e vereadores presentes, Lira prometeu que vai discutir com líderes partidários, a possibilidade de votar entre esta quarta-feira (27) e quinta-feira (28), a PEC 122/15. “Eu farei um apelo hoje no almoço de líderes para que nós aprovemos essa matéria para entregar durante a marcha dos prefeitos em Brasília”, afirmou Arthur Lira. 


A proposta tem apoio da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) e proíbe a criação de novos encargos para municípios, estados e União sem contrapartida de recursos para seu custeio. Na prática, a PEC proíbe que a União crie serviços para que prefeitos executem sem enviar recursos.

Rodrigo Pacheco também chamou atenção ao trabalho do Senado em prol dos municípios. Pacheco garantiu que nesta quarta-feira (27), vai promulgar a PEC 13/21, já aprovada pelo Congresso Nacional. A Proposta de Emenda à Constituição estende  para o fim de 2023 o prazo para que estados e municípios cumpram a aplicação do mínimo constitucional de 25% das receitas relativas aos anos de 2020 e 2021 na área da Educação. Antes da PEC, o prazo seria este ano.


Rodrigo Pacheco complementou: “Uma medida excepcional para um momento excepcional, portanto uma medida justa, aprovada como expressão da vontade popular”.


Houve elogios ao Senado, mas também cobranças. O presidente da CNM pediu agilidade na discussão da reforma tributária. “Fazer um esforço junto com o presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), Davi Alcolumbre, pra nós votarmos, sei que é seu compromisso [Pacheco], tá lá tramitando. Nós precisamos moralizar esse país”. Muitos senadores acreditam que a reforma só deva ser votada após as eleições.


A última autoridade a discursar na cerimônia de abertura da Marcha foi o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL). Ele disse que tem um alinhamento “quase perfeito” com o Congresso e anunciou que deve ser repassada em breve aos estados e municípios a segunda parcela da cessão onerosa, que dá direito às empresas de explorar um ativo natural pertencente ao governo mediante acordo de remuneração. 


“Está para chegar aos senhores a segunda parcela da cessão onerosa, coisa criada por nós. R$ 7 bilhões para estados e municípios, tenho certeza que faremos, porque eu me considero um prefeito também, um bom uso disso tudo”, afirmou o presidente.


O presidente também disse que, quando começou a carreira política como deputado em 1991, os prefeitos não eram bem tratados em Brasília, e hoje a relação é como deve ser. Bolsonaro falou sobre os acenos do Governo Federal aos prefeitos durante a pandemia. 


“Os recursos foram suficientes inclusive para colaborar na folha de pagamento, porque não tivemos notícia, se tiver alguém levanta o braço, que ninguém atrasou a folha bem como o décimo terceiro em 2020 e 2021. Dizer também que o novo auxílio emergencial que substitui o Bolsa Família despeja por mês R$ 8 bilhões nos municípios, isso ajuda na economia local”.



Fonte: Brasil 61


Nenhum comentário:

Tecnologia do Blogger.