Apos 52 anos de luta partidária, Henrique Alves deixa estender a bandeira verde da esperança do MDB
O
ex-presidente da Câmara dos Deputados e ex-ministro Henrique Alves anunciou
nesta quarta-feira, 30, a sua saída do MDB, após 52 anos no partido. Saiu para
se filiar, provavelmente, ao PSB por onde será candidato a deputado federal nas
eleições deste ano.
O
detalhe
Esta realidade foi muito bem contextualizada pelo o blog do FM, onde o mesmo destacou como estaria Aluísio Alves nessa data se vivo fosse, relatou as lutas e a tristeza desse momento por toda uma historia de 52 anos de Henrique Alves no PMDB(hoje MDB), disse o jornalista;
" O saudoso ex-governador Aluízio
Alves estaria se revirando no túmulo, caso pudesse ver a saída dos quadros do
PMDB, hoje MDB, do seu filho e herdeiro político, o ex-ministro e ex-deputado
federal, Henrique Eduardo Alves, que durante 52 anos segurou a bandeira do
partido que ainda hoje remete a memória do seu pai. Aluízio, certamente,
ficaria ainda mais impactado em sua tristeza, ao constatar do seu leito de
morte que a saída de Henrique do MDB é resultado de uma briga familiar levada a
efeito por quem ele, Aluízio, menos poderia esperar – o ex-senador Garibaldi
Alves e o seu filho, o deputado federal Walter Alves, que se tornaram 'inimigos
internos' de Henrique.
Leia
a íntegra da carta de Henrique:
“Prezadas
e Prezados conterrâneos! Queridas e Queridos bacuraus!
Queria,
por um milagre, que todos vocês pudessem me ver agora, escrevendo essas
palavras.
Uma
emoção intensa, imensa.
Um
filme passando diante de meus olhos, em câmera lenta… MDB, a minha história.
1966,
56 anos de vida do MDB.
1970, início do meu caminhar.
Naqueles
tempos difíceis, eu, um jovem de 21 anos, segurava a bandeira verde do MDB, com
a coragem do mundo… porque aprendi cedo, com meu pai, que a luta é constante e
a esperança não morre…
Nunca
estive só, pois sempre esteve ao meu lado o bacurau solidário, polegar para
cima, camisa verde, o abraço, o aconchego. GRATIDÃO!!!!
Construímos,
ao lado de tantos companheiros, de ontem e de hoje, uma casa linda,
aconchegante, fraterna e democrática.
Nesse
caminhar de lutas e ideais, o reconhecimento do meu Estado, que na minha décima
primeira eleição, em 2010, me presenteou com a maior votação da minha história:
191 mil votos!
Nessa
estrada de muito trabalho e serviços prestados, sofri também derrotas,
percalços e provações, mas sem jamais esquecer minha origem e fortaleza: o
ninho bacurau.
Até
que Deus, com sua bênção, me deu a maior vitória no Judiciário nacional: a
absolvição, por unanimidade, de uma acusação absurda. Justiça foi feita!
Do
Brasil, recebi o parabéns respeitoso.
Do Rio Grande do Norte, o carinho e a solidariedade pelo reconhecimento da
minha inocência. Bacurau verdadeiro, livre, enfim, para voar…
Sobreveio,
então, um estranho e inesperado gesto: a direção estadual do MDB não reconheceu
os meus longos anos de militância no partido. Passou a não me ver, não me
ouvir, não me falar. Não me querer…!
Infelizmente,
aquela casa que construímos se apequenou. Não falo de números, falo de
sentimentos. O querer bem e fazer o bem.
Saio
hoje do MDB ao qual dediquei toda a minha vida. Porque a escolha, como disse
Nelson Mandela, “tem que refletir a esperança e não o medo.”
Sigo
movido pela esperança que nunca me faltou.
Agradeço
aos partidos Cidadania, PSB, Republicanos, PL, Avante, pelos convites tão
honrosos que demonstram respeito pela nossa história e correção.
Aos
que ficam, sem ressentimentos, desejo boa sorte!
Vou
buscar meus caminhos de paz, porque tem muito Rio Grande do Norte pela frente!
E,
na saudade abençoada do meu pai, “sem ódio e sem medo.”
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