Justiça dá prazo de 72 horas para governo do RN responder sobre supostas irregularidades no concurso para oficiais da Saúde na PM
A
Justiça do Rio Grande do Norte deu prazo de 72 horas para o governo do
estado se manifestar dentro de uma ação sobre supostas irregularidades no
edital do concurso para 78 vagas de oficiais da área da Saúde na Polícia
Militar. A decisão foi aberta pela Defensoria Pública Estadual.
O
despacho publicado nesta terça-feira (21) foi assinado pelo juiz Artur Cortez
Bonifácio, da 2ª Vara da Fazenda Pública de Natal.
Na
ação civil pública aberta no último dia 17 de fevereiro, a Defensoria pediu a
concessão de tutela provisória de urgência para que a Justiça determine a
retificação e exclusão de regras do edital, além da prorrogação do prazo de
inscrição, por, no mínimo, mais 30 dias. Também pediu a ampliação do período de
solicitação da isenção da taxa de inscrição.
Os
alvos da ação são o Estado do Rio Grande do Norte e a banca contratada, o
Instituto Consulplan.
Irregularidades
Segundo
a Defensoria, a identificação das supostas irregularidades no edital foi feita
por meio de reclamações formalizadas candidatos. Uma delas é que o edital
não prevê reserva de vagas para pessoas com deficiência, o que seria contrário
a norma da Constituição Federal e entendimento consolidado pelo Supremo
Tribunal Federal.
O edital
também prevê limitação de idade e estabelece que apenas pessoas nascidas a
partir de 1986 podem se inscrever no concurso. Ainda exige altura mínima
para os candidatos do sexo masculino e feminino. As restrições, segundo a
DPE, não têm qualquer relação com as atribuições dos cargos de oficiais de
saúde e contraria a uma súmula do Supremo Tribunal Federal.
Outro
ponto atacado pela Defensoria foi a lista com 180 tipos de doença que
gerariam a presunção de que o candidato não estaria apto ao exercício do cargo.
Dentre elas, a diabetes, por exemplo.
“Limitações
estas que não estão previstas em lei e que não necessariamente geram
incapacidade física ou psíquica que impeça o exercício das atribuições
previstas para os cargos de oficiais de saúde da Polícia Militar”, registra a
ação.
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