Educação : Profissionais da educação rejeitam proposta do Governo do RN e entram em greve
Diante
da atual realidade onde os professores possuem o argumento de reivindicar
aquilo que é seu por direito, parece que a governadora Fátima Bezerra esqueceu
que como deputada federal, cargo que exerceu desde 2003, foi relatora da lei
11.494/07, que regulamentou o FUNDEB (Fundo de Manutenção do Desenvolvimento e
de Valorização dos Profissionais da educação).
Durante
as discussões da PEC 53/06, que criou o FUNDEB, apresentou proposta para a
criação do Piso Salarial do Magistério, o que deu origem à lei 11.738/08. É
coordenadora da Frente Parlamentar em Defesa do Piso Salarial do Magistério.
No
entanto
Após
uma reunião realizada nesta segunda-feira 14, profissionais da educação
rejeitaram a proposta do Governo do Rio Grande do Norte e decidiram deflagrar
greve a partir desta terça-feira 15 segundo o Sindicato dos Trabalhadores em
Educação Pública do Rio Grande do Norte (Sinte-RN).
O
governo propôs pagar o aumento de forma escalonada. Pela proposta, receberiam
os 33,24% de imediato apenas os professores em início de carreira. O restante
receberia 13% de aumento em março e o complemento em dezembro. Mas a categoria
cobra o pagamento integral do reajuste para todos os educadores imediatamente.
O
secretário-chefe do Gabinete Civil, Raimundo Alves, explicou que a proposta
garante o piso, como determinou a governadora Fátima Bezerra, sendo 13% para
todos inicialmente.
Proposta
Quem
está acima do piso, R$ 3.840, receberá 13% a partir de março e será completado
os 33,24% para todos em dezembro, completando o reajuste condicionado a acordo
a ser firmado com o Tribunal de Contas do Estado e com o Tribunal Regional
Eleitoral, em virtude da legislação eleitoral proibir alterações salariais nos
três meses antes e posteriores às eleições.
“Os
cálculos foram feitos dentro dos valores suportáveis no orçamento. E contempla
ativos, inativos e pensionistas com pagamento integral dos 33,24% a todos em
dezembro, mediante acordo assegurando a legalidade junto ao TRE e TCE”,
informou o controlador-Geral do Estado, Pedro Lopes.
Secretaria-adjunta
do Gabinete Civil, Socorro Batista reforçou que a proposta garante que nenhum
professor ficará abaixo do piso. Ela também enfatizou que o escalonamento
permitirá tempo ao Governo para avaliar as situações legais para o pagamento
integral, inclusive de retroativos em virtude das imposições legais em ano
eleitoral.
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