MP e Defensoria Pública acionam Justiça para que governo do RN proíba eventos de massa no estado
O
Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) e a Defensoria Pública do RN
ingressaram com uma ação civil pública na Justiça para que o governo do Rio
Grande do Norte proíba os grandes eventos de massa no estado.
O
pedido acontece diante da alta de casos de Covid, desde o
aparecimento da variante ômicron, considerada mais transmissível, que culminou
com o aumento de atendimento e internações nas redes pública e privada do
estado.
A
solicitação dos órgãos é para que o governo do RN altere o decreto
estadual que entrou em vigência na última sexta-feira (21), que determinou a
cobrança do passaporte vacinal em estabelecimentos, mas manteve autorizados
os eventos de massa com o cumprimento de medidas sanitárias.
Em
nota, o governo do RN disse que aguarda a decisão da Justiça sobre a ação e
garantiu que o "acompanhamento e avaliação do cenário — não apenas em
relação à covid-19, mas ao surto de gripe — vem sendo feito diariamente".
"O
posicionamento do Governo do Estado, a despeito do decreto nº 31.265, de 17 de
janeiro de 2022, é de permanente análise dos diversos indicadores para eventual
tomada de decisão, independente do prazo de vigência dessas regras", citou
a nota.
O
governo ainda diz que as medidas adotadas recentemente, como a exigência do
passaporte vacinal, "já apontam mudanças no cenário do número de
vacinados: um aumento de 95,6% na procura pelas vacinas foi registrado, tendo
como base comparativa o último sábado (22 de janeiro) com o sábado anterior (15
de janeiro). Os dados comprovam a importância da exigência do comprovante da
vacinal".
Ação
A
ação dos órgãos pede que a Justiça determine ao governo do RN cancelar todas as
autorizações para a realização de shows com grande público, sejam em locais
abertos ou fechados.
Ainda
é pedido que a Justiça obrigue o Estado a se abster de conceder novas
autorizações para shows de massa e congêneres em todo o território potiguar,
assim como a suspender tais eventos, até que ocorra novo controle da
transmissibilidade do coronavírus no RN.
A
ideia é que esses eventos fiquem suspensos até que a pandemia volte a
atingir os patamares de contágio alcançados em novembro e dezembro de
2021.
'Omissão'
O MP
e a Defensoria consideraram que houve omissão do governo do RN ao editar o
decreto mais recente, uma
vez que o Comitê de Especialistas da Secretaria de Estado da Saúde Pública
(Sesap) recomendou a suspensão desses tipos de eventos dada a
realidade de risco iminente de colapso do sistema de saúde.
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