Dengue: mais de 70% dos casos se concentram em cerca de 200 municípios; Macau possui a maior incidência de casos na região
Atualmente,
mais de 70% dos casos de dengue se concentram em menos de 200 municípios
brasileiros. O dado é da Coordenação-Geral de Vigilância de Arboviroses do
Ministério da Saúde. No entanto, segundo o coordenador-geral da pasta, Cassio
Peterka, os demais municípios do país que não estão em situação endêmica também
devem ficar atentos e agir contra o mosquito.
“Hoje, mais de 70% dos casos de dengue se concentram em menos de 200 municípios do país, mas não quer dizer que os outros restantes para completar 5.570 municípios não devam ter ações. Quase todos os municípios do Brasil têm transmissão de dengue, zika ou chikungunya, ou das três concomitantemente.”
Segundo
Cassio Peterka, o vírus da dengue, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, tem
um potencial de distribuição geográfica muito grande e rápido. “Se a gente
pegar regiões contíguas onde tem uma baixa transmissão, principalmente regiões
metropolitanas, regiões vizinhas, a gente vê essa expansão muito rápida. Porque
tem o vetor. O vetor estando presente, isso faz com que tenha uma maior
transmissão e as pessoas infectadas transitam por essas regiões”.
Macau
De acordo com os dados do Brasil 61 das cidades que compõe a região salineira(Macau, Guamaré, Pendencias e Alto do Rodrigues), a cidade de Macau possui o maior numero de incidência de Dengue 52,70, como também incidência de Zika 96,09, e incidência de chikungunya de 15,50.
Ja o município de Guamaré possui a menos incidência entre os quatro municipios que forma a região salineira.
Monitoramento
Cassio Peterka destaca duas metodologias importantíssimas para o levantamento da proliferação do mosquito no país: o LIRAa ou LIA (Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti). A diferença entre eles é que o LIRA é direcionado para municípios de maior porte populacional e o LIA para menores.
A recomendação da pasta é que os municípios façam o levantamento a cada dois
meses, mas a cobrança é feita quatro vezes ao ano.
“A
importância desse levantamento entomológico é que ele nos dá um risco sobre o
encontro de larvas e quais os recipientes principais. Por exemplo, existem
regiões onde eu tenho uma predominância de criadouros como cisternas, caixas
d'água, tanto as de rotina como de armazenamento de água por conta de uma falta
de abastecimento. Então a gente tem esses instrumentos de levantamento
entomológicos para nos direcionar.”
Veja abaixo os dados:
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