Câmara e Senado aprovam orçamento com alteração no fundão, amplia recursos para educação e R$ 1,7 bi de reajuste para policiais
O site congresso em foco da destaque a
última sessão do ano, o plenário do Congresso Nacional aprovou o Orçamento
Público para o exercício de 2022. O relatório final, de autoria do deputado
Hugo Leal (PSD-RJ), foi aprovado na Câmara dos Deputados com 358 votos
favoráveis, 97 contrários e duas abstenções. Posteriormente foi aprovado no Senado,
com 50 votos favoráveis contra 20 contrários.
O
texto deveria ter sido analisado na última segunda-feira (20), mas a apreciação
foi adiada por falta de consenso entre os parlamentares. Ao todo, 11 mudanças
foram feitas na Comissão Mista do Orçamento para que o projeto pudesse ser
levado a plenário.
Psol,
Novo e Podemos se posicionaram contra a proposta. Na Comissão Mista de
Orçamento, para garantir a aprovação, o relator apresentou a complementação de
voto que amplia os recursos para Educação e remaneja mais R$ 2 bilhões para
reajuste de servidores do Executivo, encaminha R$ 800 milhões para o reajuste
de agentes comunitários de saúde e fecha a questão do fundo eleitoral em R$
4,934 bilhões.
A
alteração no fundão foi a segunda mudança em 24h. Hugo Leal previa inicialmente
R$ 5,1 bilhões. Pela manhã, ele reviu esse valor para R$ 4,7 bilhões, mas,
após pressão de partidos do Centrão, fixou-se o valor de R$ 4,9 bilhões. A
diferença de R$ 200 milhões foi remanejada e será encaminhada para o Ministério
da Educação, destinada para a conclusão de obras inacabadas do Fundo Nacional
de Desenvolvimento da Educação (FNDE).
Com
o novo valor, partidos e candidatos terão quase três vez mais recursos no
próximo ano para gastar na comparação com o que receberam na última eleição
geral, de 2018, quando dispuseram de R$ 1,7 bilhão em dinheiro público para
bancar suas candidaturas.
O
relator também incluiu o reajuste para servidores da Polícia Federal, da
Polícia Rodoviária Federal, do Departamento Penitenciário Nacional e do
Ministério da Justiça. A peça de 2022 reserva R$ 1,7 bilhão do orçamento para o
reajuste. O valor está abaixo dos R$ 2,8 bilhões sugeridos pela equipe econômica,
a pedido do presidente Jair Bolsonaro.
O
relatório mantém a verba de R$ 16,2 bilhões para emendas de relator. O montante
é a soma das emendas individuais de R$ 10,5 bilhões e de bancada, de R$ 5,7
bilhões. O orçamento destina quase R$ 90 bilhões para o pagamento do Auxílio
Brasil no valor de R$ 400 mensais por família. O texto aprovado prevê salário
mínimo de R$ 1.212.
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