Prudência com casos de Covid-19 no RN; pesquisador pede atenção para últimos meses de 2021 e diz que " estamos em um enfrentamento com bons resultados mas não podemos baixar a guarda”
Com
o recente aumento de casos confirmados de Covid-19 no Rio Grande do Norte, o
Governo do Estado lançou um alerta sobre aumento da taxa de ocupação de leitos
e anunciou, na última sexta-feira (29), a retomada do programa “Pacto Pela
Vida”. Sob essa perspectiva, o pesquisador Ion de Andrade pediu “prudência” e
atenção durante os últimos meses de 2021.
“Estamos
em um cenário novo do ponto de vista da dinâmica da pandemia. É novo porque
temos uma taxa de vacinação que se amplia a cada dia, e que tem proporcionado a
proteção da vida. A maior parte dos óbitos vem acontecendo entre os não
vacinados. Também observamos a presença da variante Delta, que tem produzido em
alguns países um maior número de casos. Não sabemos como isso afetará o Brasil,
mas não devemos ter otimismo exagerado como guia. Estamos em um cenário que a
observação da evolução dos indicadores é que vai nos dar pistas sobre como
enfrentar a epidemia nesses próximos dois meses do ano”, disse ele em
entrevista ao Bom dia RN, da Inter TV Cabugi.
“A pandemia
tem seguido ciclos e o ano de 2021 vem sendo uma réplica de 2020. Em outubro de
2020, estávamos com 191 pacientes internados. Hoje, temos 186 pacientes
internados. Portanto, há uma simetria que que nos aconselha muita prudência
porque o número de casos começou a aumentar no ano passado durante o último
trimestre que se prolongou no ano seguinte com uma explosão de casos no
primeiro e segundo trimestre de 2021. Precisamos de prudência na gestão,
estamos em um enfrentamento com bons resultados mas não podemos baixar a
guarda”, relembrou.
“Novembro
e dezembro vão definir rumos para a epidemia. Foi no último trimestre do ano
passado que começaram a ocorrer os repiques. Portanto, o que será de novembro?
Se novembro quebrar essa similaridade que a gente tem constatado entre 2020 e
2021, será uma excelente notícia para 2022”, frisou o pesquisador.
Ion
de Andrade acredita que é cedo para desobrigar o uso das máscaras de proteção.
“O que será de novembro e dezembro? A gente ainda não tem uma resposta. Acho que
a gente precisa esperar esses meses terem expresso os perfis epidemiológicos,
para que passos adiantes sejam tomados. No momento, devemos esperar o que vai
acontecer em novembro para continuar essa discussão do que fazer nos próximos
passos”, disse.
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