Na COP-26, Fátima Bezerra expõe pobreza e violência no Brasil e valoriza geração de energia no RN
A
governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), fez duras críticas ao
cenário ambiental, econômico e social do Brasil durante a 26ª Convenção das
Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-26), que está sendo realizada em
Glasgow, na Escócia. A petista falou sobre desmatamento da Amazônia, cortes no
orçamento para o meio ambiente, mortes de indígenas, violência, racismo e fome.
“Não
posso deixar de mencionar que no Brasil o cenário que temos hoje é de
retrocesso. Em menos de três anos os índices ambientais de clima pioraram. As
emissões de gases do efeito estufa, o desmatamento da Amazônia e os incêndios
aumentaram. Os danos socioambientais, ainda que generalizados, impactam de
forma diferente as pessoas negras, indígenas e outras parcelas da população já
vulnerabilizadas por questões socioeconômicas, raciais e de gênero”, discursou.
As
declarações da gestora estadual integraram o painel “O Nordeste Brasileiro e o
potencial da Transição Energética Justa no Brasil – Mulheres na vanguarda da
transição energética “, no Brazil Action Hub, nesta quinta-feira (4). “O fato é
que o Brasil tem retrocedido na agenda de implementação dos ODS. Esse
retrocesso se dá em todas as áreas: social, econômica e ambiental. E um dos
maiores desafios com o qual lidamos hoje é o aumento da pobreza”, disparou
Fátima.
De
acordo com a governadora, o cruzamento entre injustiça racial e ambiental marca
a vida da população negra e indígena que já lidera os índices de pobreza,
desemprego e violência no país. Por tal razão, segundo ela, é necessário toda
política considere os impactos do racismo estrutural, ou então ela será falha
ou insuficiente. “Uma mostra disso é que, embora no Brasil tenhamos uma das
matrizes mais baratas para produzir energia, estamos vivenciando grandes aumentos
nas contas de luz, fazendo com que o povo brasileiro pague uma das tarifas mais
caras do mundo”, explicou a petista.
A
pauta do gás de cozinha também esteve presente no discurso da petista. Conforme
avaliação dela, o povo brasileiro, em especial as mulheres, “não consegue
comprar um botijão de gás”. Para Fátima, a política de preços adotada
pela Petrobras faz com que o valor do botijão de gás seja equivalente a 12% do
salário mínimo, e, por isso, “as famílias pobres no Brasil voltaram a usar lenha
ou carvão para cozinhar”.
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