Câmara aprova em primeiro turno texto-base da PEC dos Precatórios
Por
312 votos a favor e 144 contra, o plenário da Câmara dos Deputados aprovou na
madrugada desta quinta-feira (4), em primeiro turno, o texto-base do relator
Hugo Motta (Republicanos-PB), da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 23/21.
Conhecida como PEC dos Precatórios, ela limita o valor de despesas anuais com
precatórios, corrige seus valores exclusivamente pela Taxa Selic e muda a forma
de calcular o teto de gastos.
Para
concluir a votação da matéria, os deputados precisam analisar e votar os
destaques apresentados pelos partidos, que podem ainda mudar trechos da proposta.
A sessão poderá ocorrer ainda hoje.
De
acordo com o texto-base aprovado, os precatórios para o pagamento de dívidas da
União relativas ao antigo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino
Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef), atual Fundo de Manutenção
e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da
Educação (Fundeb), deverão ser pagos em três anos, sendo 40% no primeiro ano,
30% no segundo e 30% no terceiro ano.
Precatórios
são dívidas do governo com sentença judicial definitiva, podendo ser em relação
a questões tributárias, salariais ou qualquer outra causa em que o poder
público seja o derrotado.
A
redação aprovada hoje engloba o texto da comissão especial segundo o qual o
limite das despesas com precatórios valerá até o fim do regime de teto de
gastos (2036). Para o próximo ano, esse limite será encontrado com a aplicação
do IPCA acumulado ao valor pago em 2016 (R$ 19,6 bilhões). A estimativa é que o
teto seja de quase R$ 40 bilhões em 2022. Pelas regras atuais, dados do governo
indicam um pagamento com precatórios de R$ 89 bilhões em 2022, frente aos R$
54,7 bilhões de 2021.
Segundo
o secretário especial do Tesouro e Orçamento, Esteves Colnago, cerca de R$ 50
bilhões devem ir para o programa Auxílio Brasil e R$ 24 bilhões para ajustar os
benefícios vinculados ao salário mínimo.
Agência
Brasil
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