Senado aprova projeto que abranda trechos da Lei da Ficha Limpa
O site congresso em, foco da destaque para ato dos senadores por aprovar na terça-feira (14), por 49 votos a favor e 24 contra, o Projeto de Lei Complementar (PLP) 9/2021 que tira a inelegibilidade de gestores públicos que tiveram contas rejeitadas foram punidos apenas com multas. O texto, que já havia passado pela Câmara e agora segue para sanção presidencial, representa uma flexibilidade da Lei da Ficha Limpa.
Atualmente,
pelas regras desta lei, os candidatos que "tiverem suas contas relativas
ao exercício de cargos ou funções públicas rejeitadas por irregularidade
insanável que configure ato doloso de improbidade administrativa" são
considerados inelegíveis. O projeto aprovado no Senado não altera este trecho,
as incorpora a ele que a inelegibilidade prevista "não se aplica aos
responsáveis que tenham tido suas contas julgadas irregulares, sem imputação de
débito, e sancionados exclusivamente com o pagamento de multa".
O
relator da matéria foi o senador Marcelo Castro (MDB-PI). Ao defender o projeto, ele
alega que a proposta exclui possíveis subjetivismos e consolida o entendimento
do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre o assunto.
"O
PLP visa a impedir que meros erros formais, de pequeno potencial ofensivo, dos
quais não resultem danos ao Erário tampouco enriquecimento ilícito dos
responsáveis, sancionados apenas com multa, acabem por gerar posteriormente -
quando submetidos ao crivo da Justiça Eleitoral - a inelegibilidade do
responsável", disse.
Ele
também afirmou ser importante separar quem desvia recursos públicos e quem
comete o que chamou de erros sanáveis, sem dolo: “Teve as contas reprovadas,
foi-lhe imputado débito, está inelegível; não lhe foi imputado débito, apenas
recebeu uma multa, está elegível, de maneira prática, simples e objetiva. É só
isso”.
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