Rombo de R$ 324 milhões pode enfraquecer cofres das cidades do Rio Grande do Norte
De
acordo com dados da Confederação
Nacional dos Municípios (CNM), as cidades do Rio Grande do Norte podem ter
prejuízo na arrecadação fiscal de R$ 324 milhões se os parlamentares do
Congresso Nacional aprovarem a reforma tributária apresentada pelo governo
federal – PL
2337/21 – e discutida na Câmara dos Deputados.
As
mudanças na arrecadação do Imposto de Renda previstas no projeto da reforma
fatiada vão colocar nas costas dos estados e das prefeituras queda de
arrecadação de cerca de R$ 30 bilhões. Os municípios vão perder mais de R$ 13,1
bilhões, de acordo com estimativa
da Frente Nacional de Prefeitos – FNP.
Além disso, reforma tributária fatiada, produzida pela equipe do ministro da
Economia, Paulo Guedes, não prevê mudanças nas metodologias de arrecadação dos
tributos sobre o consumo – PIS, COFINS, IPI, ICMS e ISS – e não é capaz de
modernizar o modelo atual de recolhimento de impostos, oneroso e sufocante para
o setor produtivo e empresários.
Ao
contrário das sugestões do governo federal, a modernização ampla e necessária
do sistema tributário brasileiro é defendida por empresários, especialistas e
gestores. A ideia seria instituir no país sistemas unificados de cobranças de
impostos, como o IVA (Imposto de Valor Agregado) ou o IBS (Imposto Sobre Bens e
Serviços), por exemplo. Os dois modelos já foram amplamente discutidos no
Congresso Nacional – PEC
45/2019 e PEC
110/2019.
“Nós
segregamos a nossa tributação de consumo em vários impostos, com os que incidem
sobre mercadorias e os que incidem sobre serviços. Só que, em outros países que
utilizam o modelo IVA, essa segregação não existe para alguns há mais de 40
anos. Isso demonstra o quanto estamos atrasados e praticamente ficamos sem
companheiros”, ressalta o especialista tributarista, João Ricardo Dias.
PL
2337/21
O
projeto de lei de autoria do governo federal esteve para ser votado no plenário
da Câmara dos Deputados por duas vezes este mês, mas foi retirado da pauta por
falta de acordo entre os deputados.
O
presidente da Casa, deputado Arthur Lira (PP-AL), não acredita na aprovação
rápida da matéria. “Esse não é um assunto fácil: mexe com finanças, com
tributos, com o sistema de taxação de grandes dividendos”, disse.
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