Natália Bonavides se pronuncia sobre prisão de matadores de policiais, Senador Styvenson vai mais além, diz que ; “Quem não gosta de polícia é vagabundo ou vagabunda”.
A
Câmara dos Deputados aprovou nesta quinta-feira 19 o Projeto de Lei 5391/20,
que prevê a colocação em regime disciplinar diferenciado de condenados por
crime de assassinato de policiais ou militares no exercício da função ou em
decorrência dela. O texto determina ainda que o condenado cumpra pena,
preferencialmente, em presídio federal.
Da
bancada do Rio Grande do Norte, a deputada Natália Bonavides (PT), votou contra
a matéria, ela foi duramente criticada pelo seu posicionamento. O senador
potiguar Styvenson Valentim (Podemos), que é capitão PM, também se pronunciou
em suas redes sociais declarando que vai votar a favor do projeto: “Quem não
gosta de polícia é vagabundo ou vagabunda”.
A
medida consta de substitutivo do relator, deputado Subtenente Gonzaga (PDT-MG),
e vale também para os crimes praticados ou tentados, inclusive contra cônjuge
ou parente consanguíneo até o terceiro grau e em razão dessa condição. A regra
se aplica mesmo aos presos provisórios (pegos em flagrante, por exemplo). A
pena qualificada para esse tipo de crime é de reclusão de 12 a 30 anos.
Caso
a decisão seja tomada nesse sentido, o juiz da execução ou da decretação da
prisão provisória deverá solicitar ao Departamento Penitenciário Nacional do
Ministério da Justiça a reserva de vaga em estabelecimento federal. Quando o
preso estiver em presídio federal, sempre que possível as audiências serão
realizadas por meio de videoconferência.
O
regime disciplinar diferenciado se caracteriza por cela individual, visitas
restritas, fiscalização de correspondência, menos saídas da cela e duração
máxima de até dois anos. A deputada Natália Bonavides, em suas redes sociais,
se defendeu: “É populismo penal eleitoreiro defender que o RDD é uma solução
para reduzir os homicídios de policiais. O RDD já existe e pode ser solicitado
pelo Ministério Público ou autoridade administrativa. Em 2015, o Congresso já
aumentou a rigidez das penas para crimes cometidos contra policiais e, de lá
para cá, o número de policiais assassinados só aumentou”.
Bonavides
continuou: “A medida eficaz para proteger policiais e seus familiares é
melhorar as condições de trabalho dos profissionais de segurança pública e
tornar o serviço de investigação e inteligência mais eficiente para que o crime
seja coibido. E justamente por isso não recuamos sequer um milímetro na luta
por direitos e garantia de salário digno para os profissionais da segurança
pública. Aliás, por isso mesmo é que nosso mandato federal tem todos os anos
destinado recursos para aquisição de equipamentos tanto para hospitais da
polícia, como para o trabalho diário de investigação policial. O que precisamos
é de medidas que garantam direitos aos profissionais da segurança pública e
melhorias estruturais de nossas polícias. Isso salva vidas”. A matéria segue
para apreciação no Senado.
Fonte Agora RN |
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