Bolsonaro pretende parcelar precatórios para liberar R$ 40 bilhões em ano eleitoral
O
governo deve enviar ao Congresso, ainda nesta segunda (2), uma Proposta de
Emenda Constitucional (PEC) que cria uma folga de R$ 40 bilhões no orçamento de
2022. O texto, caso aprovado, permitirá o pagamento fracionado, e em um período
consideravelmente maior, dos precatórios.
A informação foi adiantada pelo jornal O Globo.
A
inserção dessa PEC na pauta visa criar um colchão de recursos capaz injetar
dinheiro em ações, principalmente em programas sociais, ao longo do próximo
ano, que é um ano eleitoral. O avanço nas discussões do chamado "pacote de
bondades" do governo Bolsonaro é esperado para este segundo semestre.
Também neste sentido, além desta PEC dos precatórios, os governistas estudam
meios de ampliar o teto de gastos.
Dentre
as medidas para tentar alavancar a popularidade do presidente está no aumento
do Bolsa
Família que, conforme deseja o presidente, deve passar dos cerca R$
190 para R$ 300, além da criação de um vale gás. De acordo com pesquisas
recentes, o percentual de brasileiros que considera a gestão
Bolsonaro ruim ou péssima se aproxima dos 60%. São os piores índices
desde o início do mandato.
Ainda
de acordo com O Globo, a proposta deve ser entregue ao Congresso pelo ministro
da Economia Paulo Guedes, juntamente o com novo ministro da Casa Civil, Ciro
Nogueira. A PEC chegou a ser citada pelo presidente Bolsonaro há alguns dias
quando se referiu ao reajuste do Bolsa Família.
Precatórios
Precatórios
são dívidas públicas oriundas de processos judiciais. Conforme proposto na PEC
os precatórios de maior valor, isto é, na casa dos milhões, seriam parcelados
mediante uma ação do legislativo. Ocorre, no entanto, que a execução dessas
dívidas é determinada pelo judiciário.
O
não pagamento dos precatórios acarreta uma série de consequências para a
administração pública, incluindo a caracterização de ato de improbidade.
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