Covid-19: “Provavelmente vamos precisar, no futuro, de uma terceira dose”, diz infectologista
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou, nesta segunda-feira (19), a AstraZeneca a realizar estudos para avaliar a possibilidade de uma terceira dose da vacina contra a Covid-19. Com isso, já são duas as fabricantes de imunizantes usados no Brasil a obter o sinal verde do órgão. Em junho, a Pfizer foi liberada para investigar os efeitos, segurança e benefício de uma dose de reforço de sua vacina, a Comirnaty.
Ambas as pesquisas estão em estágio inicial. Em resposta à reportagem, a Anvisa
esclareceu que “até o momento não há estudos conclusivos sobre necessidade de
terceira dose ou dose de reforço para as vacinas contra a Covid-19”.
No entanto, o que explicaria a busca dos laboratórios farmacêuticos por respostas em relação à uma terceira dose? Para descobrir esta resposta o portal Brasil61.com conversou com especialistas para entender a questão.
Segundo Melissa Medeiros, infectologista e coordenadora do Núcleo de Pesquisas
do Hospital São José de Doenças Infecciosas, em Fortaleza (CE), não era
possível prever uma terceira dose antes do início da imunização da população.
Com o passar do tempo, a chegada de novas variantes e a resposta imunológica de
alguns grupos às duas doses, a ciência tem caminhado nesse sentido, explica.
“No início dos protocolos da imunização, não imaginávamos a necessidade de uma
terceira dose tão precoce. Não estava no desenho inicial. Provavelmente só duas
doses. Como não temos, inclusive, como prever o tempo em que vamos precisar
para fazer esses reforços”, diz.
Brasil 61 |
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