Com a posição do líder do governo no legislativo e de advogados salineiros; veja quem ganha em quem perde com a aprovação da Lei que redefine pagamento de obrigações pública em Macau
A
política como já dizia Zé Tetéu ela é dinâmica, realidade que cabe muito bem
com a atual votação da RPVS em Macau que redefine o valor para pagamento de
obrigações pública municipal.
Sobretudo
Porque em passado recente o prefeito salineiro pensou em colocar esse mesmo projeto de Lei em pauta na CM de Macau, os vereadores da época e a sociedade midiática salineira foram contras tal possibilidade veementemente, diferentemente do que aconteceu ontem no legislativo salineiro que aprovou a redução de pagamentos as RPV’s para 7 salários mínimos(antes era 10 salários mínimos que dava R$ 11 mil reais).
A votação
Da Lei 008/2021 que trata da redefinição do valor para pagamento de obrigações pública municipal aconteceu com 12 votos à favor do projeto de Lei e apenas um voto contra, vereador Chico Baixinho.
Posição
do líder do governo
Após
vários questionamentos nas redes sociais sobre a votação ocorrida ontem(21) de
maneira extraordinária na CM de Macau, o líder do governo, Fagner Teodósio, deixou
sua posição dizendo que;
“ Qual
foi o direito lesado nesse caso? Os municípios em sua grande maioria, grande
mesmo, pagam em RPVs o valor de 7 salários mínimos ou menos. Seria bom saber
exatamente do que se trata antes de fazer comentários sem fundamentos. A
população sofre quando o município economiza em uma área (nesse caso pagamentos
de dívidas em RPVs) e investe essa economia em serviços públicos, pagamento de
servidores, etc? O que prejudica o cidadão é quando NÃO
há serviços públicos descentes, o que prejudica mais o trabalhador é quando NÃO
se paga em dia seus proventos, mas ninguém deixará de receber o que lhe é de
direito!”
Porém
Para
advogada, Valéria Lucena - que foi contundente em sua contextualização ao blog - ao deixar claro que; “ a OAB, subsecção Macau, repudia as palavras
de alguns vereadores ditas na sessão de ontem(21) que atacam frontalmente a
advocacia.”
Para
a advogada Valéria Lucena o município de Macau pertence ao regime especial de
pagamento de precatórios, o valor de pagamento é muito reduzido , tendo em
vista pertencer a esse regime o
município paga hoje R$ 110.000,00 mensais para honrar os precatórios
da justiça estadual, justiça do trabalho e justiça federal.
Na concepção
da advogada salineira é inadmissível comparar o município de Macau com outros municípios
– como o exemplo de Guamaré que a Lei lá é de 7 salários mínimos – mas, segundo
a advogada;
“
Guamaré não faz parte do regime especial, eles fazem parte do regime geral. Lá
você demora um ano pra receber o seu precatório, muito diferente daqui que se você
tiver R$ 8.000 reais para receber do município pode esperar 15 anos.
Até porque a dívida e precatórios de Macau é imensa”
Com
o mesmo entendimento a advogada Dra Márcia, que também se sentiu afrontada pelas
posições de alguns edis, deixou claro sua posição sobre perdas e ganhos;
“ Vejo que quem perde é o servidor,
efetivo/comissionado/contratado, que trabalhou e deu seu suor para o município
de Macau e agora terá que esperar uma fila imensa e sem previsão que é a fila
do Precatório. O valor de 10 salários mínimos é um valor dentro da
razoabilidade, abrangendo vários processos, quitando muitas dívidas. Sua
diminuição representa dinheiro que deixa de circular na cidade, no
supermercado, na farmácia, nas lojas, nas padarias.”
Para
os advogados que acompanharam de perto toda essa questão das RPV’s, que tiveram
a oportunidade de sentarem com o presidente do legislativo salineiro para
sugerir outros caminhos nessa questão, sentiram-se de certa forma ofendidos pela forma que
determinados edis identificaram a posição da categoria dos advogados
salineiros, para Dra Márcia;
“ Não se trata ganho aos advogados, como
alguns elegem, e sim ressarcimento ao trabalhador em tempo justo para poder
utilizar de seu crédito. A PL para diminuir o valor dos RPV's não resolverá os
problemas financeiros da prefeitura de Macau e apenas irá trazer desesperança
para o servidor que laborou e não recebeu seus direitos e verbas na
oportunidade devida.
Moral
da história
Ao
conversar com alguns edis, com advogados, percebi que parte do nosso
legislativo salineiro nem sabiam direito no que estavam votando, já que aprovaram
uma Lei que amanhã pode se ficar contra eles, ou contra os familiares dos mesmos. Hoje eles estão vereadores, estão governo, mas amanhã podem ter uma
demanda contra o município e serão refém de uma Lei que eles aprovaram.
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