Tramitando no senado PEC que isenta gestores de penalidades por não aplicarem mínimo de 25% na educação
O site Brasil 61 dá destaque a tramitação no Senado de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que isenta
gestores educacionais estaduais e municipais de penalidades por não aplicarem o
mínimo de 25% na educação no ano de 2020. A PEC
13/2021 é de autoria do senador Marcos Rogério (DEM/RO).
De acordo com a Constituição, estados, municípios e o Distrito Federal são
obrigados a aplicar, pelo menos, 25% do que arrecadam com impostos na
manutenção e desenvolvimento do ensino.
A Confederação Nacional dos Municípios (CNM), responsável pela articulação da
proposta, entende que, com a pandemia da Covid-19, os gestores tiveram que
interromper o ensino presencial, o que reduziu os gastos com a educação local.
Por isso, argumenta que não seria correto punir as administrações públicas dado
o contexto atípico do ano passado.
“O projeto é muito positivo. Ano passado, acompanhei toda essa angústia, essa
preocupação dos secretários, até porque nós não tínhamos uma previsão de que as
aulas iam voltar ou não. Então, muitos investimentos deixaram de acontecer”,
observa, Márcia Aparecida Bernardes, presidente da União Nacional dos
Dirigentes Municipais da Educação (Undime) em São Paulo.
Penalidades
Tanto
os entes da federação quanto os gestores que são responsáveis pela educação a
nível estadual e municipal podem sofrer penalidades caso descumpram o mínimo
constitucional de 25% para o setor.
Os municípios, por exemplo, podem sofrer intervenção estadual, ter as contas
rejeitadas pelo Tribunal de Contas e deixar de receber transferências
voluntárias de recursos. Já os agentes públicos, caso comprovada a má aplicação
do dinheiro da educação, podem ser condenados por improbidade administrativa e
ficar inelegíveis.
O detalhe
São,
justamente, essas penalidades que a PEC visa invalidar. No entanto, o texto é
claro ao afirmar que tal flexibilização tem caráter transitório, ou seja, que
só valeria para o ano de 2020. “Com a retomada progressiva das atividades
econômicas, a possibilidade de responsabilização pelo descumprimento da
vinculação constitucional de recursos para a educação volta a vigorar”,
complementa a proposta.
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