Covid-19: Gastos com a pandemia impactam orçamento público nos últimos 12 meses
Os
anos de 2020 e 2021, sem dúvida, têm sido desafiadores para o orçamento
público, especialmente por conta da pandemia da Covid-19. Ao longo dos últimos
12 meses, o portal Brasil61.com - que completa um ano nesta sexta-feira (4) -
fez uma cobertura completa dos principais fatos que impactaram as contas da
União, estados e municípios.
Confira
os detalhes sobre os repasses para combate ao coronavírus, Auxílio Emergencial,
Lei Orçamentária Anual 2021 e Fundo de Participação dos Municípios.
Repasses
para combate da pandemia
Segundo
dados do Tesouro
Nacional, em 2020, a União gastou R$ 524 bilhões no combate à pandemia da
Covid-19. Destes, R$ 78,25 bilhões foram pagos como auxílio financeiro a
estados, Distrito Federal e municípios, de acordo com as Medidas Provisórias n°
939, 978
e 990/2020.
Para aquisição de vacinas, foram aplicados R$ 2,2 bilhões, em 2020.
No
entanto, o total de gastos da União com a Covid-19 previsto para o ano passado
era de R$ 604,7 bilhões. O especialista em orçamento público, César Lima,
afirma que a falta de planejamento dificultou a execução orçamentária.
“Por
exemplo, as vacinas tiveram um valor dedicado de R$ 24 bilhões, dos quais
somente R$ 2 bilhões foram efetivados, por vários motivos; até mesmo pela
dificuldade na assinatura de contrato. Mas alguns desses recursos,
principalmente para auxílio financeiro a estados e municípios - apesar de não
terem sido totalmente executados no ano passado - continuaram sendo executados
esse ano”, explica.
Em
2021, o governo prevê que a União irá gastar um total de R$ 101,5 bilhões com a
pandemia. Até agora, já foram gastos R$ 36,6 bilhões, sendo R$ 6,6 bilhões para
aquisição de vacina.
Auxílio
Emergencial
O
Auxílio Emergencial, instituído em 2 de abril do ano passado, também entrou na
conta dos gastos da União para combate à pandemia. Ao todo, foram investidos R$
293,11 bilhões, em 2020, permitindo o socorro de 68,3 milhões de brasileiros
desempregados ou trabalhadores informais.
Inicialmente
foram pagas três parcelas de R$ 600 – ou R$ 1.200, no caso de mulheres
provedoras da família. Com a extensão da crise, o governo ampliou o pagamento
para mais duas parcelas de mesmo valor. Por fim, foi criada a extensão do
programa, com mais quatro parcelas de R$ 300 ou R$ 600 reais, totalizando nove
parcelas aos brasileiros contemplados.
Brasil 61 |
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