Medidas para conter cartel de combustível no país foi discutida no Senado
A Comissão de
Assuntos Econômicos (CAE) do Senado realizou, nesta terça-feira (6),
audiência pública que prestou informações sobre suposto cartel formado entre
distribuidoras de combustíveis que dominam o mercado, bem como a distribuição e
revenda de gasolina e diesel. O cartel é um acordo entre empresas concorrentes
para definir os preços praticados no mercado.
O debate foi solicitado pelo presidente da CAE, senador
Otto Alencar (PSD-BA), que argumentou que o sistema de distribuição no
qual o combustível passa obrigatoriamente por uma empresa distribuidora antes
de chegar às revendedoras, sem possibilidade de venda direta entre as
refinarias e os postos, prejudica os consumidores e impede soluções que
diminuam o valor final do combustível. “Aumenta o gás de cozinha, aumenta o
etanol, aumenta a gasolina e aumenta o diesel. O diesel, sobretudo, tem um
reflexo muito grande na inflação”, destaca.
O presidente do Conselho
Administrativo de Defesa Econômica (Cade), Alexandre Barreto de Souza,
explicou que apesar dos indícios de cartéis, existe uma tendência de
homogeneização de preços no mercado. “É importante enfatizar que uma
coincidência de preços não significa necessariamente que estamos tratando de um
cartel, muito embora, o mercado de revenda de combustíveis têm sido investigado
pelo Cade”.
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