RN ganha cadastro para pessoa com Transtorno do Espectro Autista
O
Rio Grande do Norte passará a contar com um Cadastro da Pessoa com Transtorno
do Espectro Autista. Matéria neste sentido, de autoria do deputado Ezequiel
Ferreira (PSDB) já havia sido aprovada pela Assembleia Legislativa do Estado e
teve sua sanção publicada nesta sexta-feira (15) no Diário Oficial.
O objetivo da medida é identificar, registrar e mapear os casos existentes de
pessoas com autismo no RN, informação considerada essencial para a formulação e
a execução de políticas públicas destinadas ao desenvolvimento das mesmas. A
expectativa é possibilitar melhorias no atendimento, especialmente nas áreas da
educação e saúde.
“O autismo é uma síndrome complexa, tanto a nível de diagnóstico, quanto de
tratamento. Este projeto de lei é extremamente relevante, não apenas por sua
envergadura constitucional, como também por relacionar-se com a saúde, a
proteção e a integração social das pessoas com deficiência (como o caso dos
autistas), valores intimamente atrelados à dignidade da pessoa", disse
Ezequiel, presidente da Assembleia Legislativa.
O cadastro deverá contemplar, dentre outras informações: o grau de transtorno
encontrado, a quantificação, a qualificação e a localização das pessoas com
autismo. As informações terão caráter sigiloso e serão usadas exclusivamente
para fins estatísticos, não podendo ser objeto de certidão ou servir de provas
em processo administrativo, fiscal ou judicial.
Os dados estatísticos do cadastro poderão ser compartilhados com os órgãos da
administração pública federal, estadual e municipal, assim como com as
entidades associativas regularmente constituídas e envolvidas com a temática
que prestem atendimento as pessoas autistas, que se responsabilizará quanto ao
uso das informações compartilhadas.
O registro da pessoa com Transtorno de Espectro Autista (TEA) no cadastro de que
trata esta Lei, será realizado mediante a apresentação do laudo de avaliação
expedido por especialista ou equipe multidisciplinar composta,
preferencialmente, por neurologista, psicólogo, psiquiatra, fonoaudiólogo e
assistente social.
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