Insegurança alimentar atinge 12% das famílias do Nordeste
Muitas
famílias brasileiras passaram por dificuldades financeiras em 2020, principalmente
pelos impactos da pandemia do novo coronavírus. A situação no Nordeste do País
está entre as mais graves. Uma pesquisa do UNICEF
com o IBOPE revela que, desde o início
da crise provocada pela Covid-19, 12% das famílias que vivem na região afirmam
que houve dias em que deixaram de comer porque a comida acabou e não havia
dinheiro para comprar mais.
Mãe
de dois filhos, a trabalhadora autônoma Karla Daniele Araújo, de 35 anos, se
encontra nessa circunstância de insegurança alimentar. A moradora de São Luís,
no Maranhão, conta que depende da ajuda de outros familiares para conseguir por
comida na mesa, já que o emprego de revendedora de cosméticos não tem gerado
renda suficiente para comprar mantimentos.
“As
vendas caíram muito devido a pandemia. Eu tive dificuldade para receber o
auxílio emergencial. Se não fosse minha família, estaria passando fome, porque
sou mãe solteira, crio meus filhos sozinha, e só tenho minha mãe que trabalha,
e também está sendo muito difícil para ela me ajudar”, relata.
Em
todo o Brasil, de acordo com o levantamento, 30% dos entrevistados disseram que
não estavam trabalhando no início da pandemia e continuam sem ocupação, e 14%
estavam com emprego, mas atualmente estão desempregados. Entre as pessoas que
residem com crianças ou adolescentes e tiveram diminuição da renda, 64%
informaram que o motivo foi a redução do salário de alguém da família.
Fonte: Brasil 61
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